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As ações com maior potencial para 2014, segundo Santander

Empresas dos setores de seguros, serviços financeiros e logística têm grandes chances de se valorizarem


	Bovespa: analista da Santander Corretora avalia quais são as ações que têm potencial em 2014
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: analista da Santander Corretora avalia quais são as ações que têm potencial em 2014 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 09h11.

São Paulo - A bolsa reflete a economia real e o lucro das empresas e, portanto, o desempenho do mercado brasileiro em 2014 vai depender do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), afirma Leonardo Milani, estrategista para Pessoas Físicas da Santander Corretora.

Se o crescimento da economia for modesto, entre 1,5% e 2%, como prevê o mercado, não se deve esperar grandes valorizações do Índice Bovespa ao longo do ano, alerta. “Há ainda muitos feriados, incerteza com ano eleitoral, Copa do Mundo, o que torna um crescimento de 1,5% possível”, diz o estrategista. “É um crescimento fraco, mas com justiça.”

Milani observa, porém, que mesmo com a economia fraca, há setores que têm uma performance operacional boa e podem atrair fluxo marginal de compra, o que os torna interessantes para o investidor. Entre eles, o estrategista cita o de seguros, onde se destacam a BB Seguridade e a SulAmérica.

Há também potencial no setor de serviços financeiros, como o de cartões, com Cielo e Valid, além de bancos. Logística também espaço para ganhos, assim como concessões rodoviárias, com destaque para CCR e Arteris, cuja dinâmica de crescimento deve continuar. Milani destaca também os papéis da Cosan e da Ultrapar, além dos de tecnologia, com Totvs e Linx.

Setores que devem ser evitados são aqueles voltados para a economia doméstica, como consumo que depende de crédito, varejo e construção civil. “A pessoa física já está endividada, e apesar do preço das ações desses setores terem caído este ano, ainda não representam uma oportunidade”, avalia Milani.

A Petrobras, por conta das intervenções do governo e controle dos preços dos combustíveis, deve continuar com uma performance operacional ruim, por isso, não vale ter o papel em carteira, afirma o estrategista.

Já as exportadoras são uma boa opção devido à alta do dólar, que aumenta a receita que as empresas obtêm ao converter seus dólares recebidos do exterior em reais. “A depreciação do real continuará a ser o grande tema nos próximos 12 meses e duas ações que se beneficiam dela são a Brasil Foods e a Iochpe Maxion, que têm receita em dólar e despesas em reais”, diz.

Sobre a Vale, Milani diz que o cenário é bom pois a empresa é exportadora. Mas, com o crescimento da China, principal cliente da mineradora brasileira, em 7%, o preço do minério de ferro não deve explodir. “Não é um papel ruim, mas também não é excelente”, diz.

Para quem gosta de dividendos, a sugestão de Milani são papéis como Alupar e Taesa, que devem pagar cerca de 10% de retorno ao ano, “mas com juro em alta, esses papéis não vão conseguir superar os 12,5%, 13% pagos pelos papéis do Tesouro, com risco zero”, afirma. Assim, o atrativo dos dividendos deve ser menor em um ambiente de juros mais altos. “O custo de oportunidade hoje com os juros atuais é muito maior”, observa.

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