Estado pode receber 50 bilhões de dólares com a capitalização da Petrobras para políticas sociais. (.)
Diogo Max
Publicado em 1 de julho de 2010 às 15h47.
São Paulo - Os investidores estrangeiros estão preocupados com a capitalização da Petrobras. De acordo com reportagem publicada no jornal The New York Times, o mercado internacional está reticente em relação aos planos do governo brasileiro em transformar a gigante do petróleo em um instrumento para a construção de uma política social.
Até agora, o governo brasileiro foi autorizado pelo Congresso Nacional a dotar a Petrobras com cerca de 5 bilhões de barris adicionais de Petróleo - um número elevado já que pesquisas mostram que existem 15 bilhões de barris para serem extraídos. O problema, no entanto, está em quantas ações o governo receberá em troca, aponta a reportagem do New York Times.
A notícia traz ainda a estimativa de que a Petrobras pode pagar um preço alto ao governo: 10 dólares por barril, o que dá um total de 50 bilhões de dólares que seguem para os cofres do Estado. "Seja qual for o caso, uma diluição dos acionistas minoritários aparece como inevitável", diz um trecho da reportagem do Times.
Desde que o governo lançou a notícia da capitalização da Petrobras, há cerca de um ano, as ações têm caído bastante no Ibovespa - 30% somente este ano, mais que o dobro das rivais Exxon Móbil e a Shell, segundo a reportagem.
Além disso, o New York Times aponta também que existe a suspeita de que a Petrobras está saindo do seu eixo central de competência: exploração pioneira em águas profundas. O objetivo estaria na geração de empregos. "Ela está satisfazendo os desejos do governo ao crirar empregos através da construção e operação ineficaz de refinarias", diz a reportagem.
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