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Equador colocará bônus em mercados internacionais

O presidente Rafael Correa pediu que seus compatriotas se mantenham otimistas, pois garantiu que os equatorianos vão "seguir adiante"


	Equador: devido ao Brexit, o país teve que colocar o bônus em mercados internacionais
 (Dan Kitwood/Getty Images)

Equador: devido ao Brexit, o país teve que colocar o bônus em mercados internacionais (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2016 às 16h26.

Quito -- O governo do Equador colocará na próxima semana bônus nos mercados internacionais, uma emissão que já estava programada como financiamento do orçamento, que permitirá ao país pagar várias dívidas, informou o presidente do país, Rafael Correa.

Embora não tenha precisado o montante da emissão, Correa, em seu habitual relatório de rádio e televisão de sábado, justificou a medida também após a apreciação do dólar e desvalorização do euro registrada após a saída do Reino Unido da Europa, decidida em referendo da quinta-feira.

"Com a vitória dos eurocéticos e a saída da Grã-Bretanha (Reino Unido) da Europa, o dólar teve uma alta e o euro caiu", o que gerou uma queda do preço do petróleo "e os mercados mostram uma grande instabilidade", resenhou o líder.

Por isso, disse, "vamos fazer uma emissão na próxima semana, uma emissão que está programada para o financiamento do orçamento, isso é colocar bônus nos mercados internacionais para poder pagar uma série de dívidas que acumulamos por todas as dificuldades que enfrentamos".

O líder lamentou que, quando já havia sinais de recuperação do preço do petróleo, o principal produto de exportação do país, e "o dólar tinha caído um pouquinho" (Equador adotou essa divisa em 2000), fatores que beneficiavam a economia nacional, surgiu "outra má notícia" com a decisão do Reino Unido.

No entanto, pediu que seus compatriotas se mantenham otimistas, pois garantiu que os equatorianos vão "seguir adiante".

"São tempos difíceis mas, assim são os desafios", acrescentou Correa ao dizer que a busca de financiamento, entre outras coisas, pretende cobrir cerca de US$ 35 milhões requeridos para concluir o bonde na cidade andina de Cuenca.

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