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Entre o petróleo e a reabertura: o que moverá as bolsas hoje

O impacto da pandemia na atividade econômica deve ser olhado cada vez mais de perto nos próximos dias

TRUMP E A BOLSA DE NY: a pressão pela abertura da economia é cada dia maior (Bryan R. Smith/AFP Photo)

TRUMP E A BOLSA DE NY: a pressão pela abertura da economia é cada dia maior (Bryan R. Smith/AFP Photo)

LA

Lucas Amorim

Publicado em 20 de abril de 2020 às 06h55.

Última atualização em 20 de abril de 2020 às 06h57.

A disputa entre o avanço persistente do coronavírus e a cobrança por reabertura das atividades econômicas deve concentrar a atenção dos investidores mundo afora.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a desrespeitar regras de distanciamento social, no domingo. Nos Estados Unidos, protestos se espalham pelo país. Na Europa, onde o pico parece ter chegado em muitos lugares, Alemanha e Noruega começam a retomar a rotina. Na Austrália, porém, um grupo de 150 economistas divulgou documento alertando contra o relaxamento da quarentena. Os governos de França e Canadá também voltaram a se posicionar pela importância das restrições de mobilidade social.

O impacto da pandemia na atividade econômica deve ser olhado cada vez mais de perto nos próximos dias, após dados gerais mostrando, na semana passada, que o PIB global deve recuar mais de 3% este ano. A notícia que movimenta as bolsas nesta segunda-feira é uma nova queda no preço do petróleo, puxada por baixas de 20% em contratos futuros nos Estados Unidos. Mais à frente na semana a possível votação de um pacote conjunto de republicanos e democratas para apoiar pequenos negócios pode dar novo impulso às bolsas americanas.

As bolsas começaram a semana sem direção definida. Tóquio caiu 1,15%, mas Xangai subiu 0,50%. Na Europa, o índice DAX avançava 0,2% até as 7h de Brasília, e o FTSE subia 0,1%. O índice Ibovespa, vale lembrar, fechou a sexta-feira em alta de 1,5%, em 78.990 pontos, puxado pelo plano de reabertura econômica nos Estados Unidos.

O número de casos confirmados de coronavírus chegou a 2,4 milhões no mundo e a 38.654 no Brasil. As mortes já são 164.000. O ritmo segue intenso, mas investidores tentam olhar para o que vem depois. Tarefa que nesta segunda-feira não deve ser das mais fáceis.

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