Invest

Entenda por que Bill Ackman investe no Google (e não na Nvidia)

Executivo administra uma carteira de ações de US$ 10 bilhões para seu fundo de hedge

Bill Ackman: investidor já teve um lucro de 60% com base no atual preço das ações da Alphabet. (Bryan Bedder/Getty Images)

Bill Ackman: investidor já teve um lucro de 60% com base no atual preço das ações da Alphabet. (Bryan Bedder/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de abril de 2024 às 11h18.

A Nvidia é indiscutivelmente a ação de inteligência artificial (IA) mais popular do mundo, como evidenciado por seu ganho de 215% somente no ano passado. Entretanto, os últimos meses não foram tão positivos assim para a empresa, com os papéis se desvalorizando em 10%.

Os investidores que querem saber para onde o setor de IA está indo, talvez devam olhar para onde os bilionários estão colocando seu dinheiro. O investidor Bill Ackman, por exemplo, administra uma carteira de ações de US$ 10 bilhões para seu fundo de hedge, o Pershing Square Capital Management. Ele não possui nada da Nvidia,

Em vez disso, Ackman possui uma posição de US$ 1,9 bilhão na Alphabet, que controla o Google. Ele não só já obteve ganhos sólidos com esse investimento, como também as ações ainda estão baratas e podem estar prontas para subir ainda mais graças às iniciativas de IA da empresa e seu projeto Gemini.

Segundo informações do site Motley Fool, não é coincidência que Bill Ackman tenha comprado ações da Alphabet no primeiro trimestre de 2023, quando a Microsoft anunciou seu investimento de US$ 10 bilhões na OpenAI, startup líder em IA. A Microsoft rapidamente integrou a tecnologia ChatGPT da OpenAI em seu mecanismo de busca Bing, em uma tentativa de interromper a participação de mercado de 91% do Google no setor de buscas na Internet.

Ackman achava que a tecnologia de IA da Alphabet estava no mesmo nível da OpenAI quando ele fez o investimento, embora a Alphabet ainda não tivesse lançado seu próprio chatbot de IA. As ações da Alphabet despencaram porque os investidores temiam que a empresa ficasse muito atrás da Microsoft na área de IA, mas Ackman viu isso como uma oportunidade de compra.

Pouco depois que a Microsoft anunciou seu investimento na OpenAI, a Alphabet lembrou aos investidores que estava trabalhando em IA há anos. Afinal de contas, o Google adquiriu a startup de IA DeepMind em 2014. É por isso que levou apenas alguns meses para lançar o Google Bard, um chatbot projetado para competir diretamente com o ChatGPT.

O Bard abriu caminho para a maior e mais recente família de modelos de IA da Alphabet, chamada Gemini, que foi lançada em dezembro. Sua mais recente atualização veio com o Gemini 1.5, em fevereiro.

Ainda segundo o Motley Fool, Ackman comprou a maior parte da posição da Pershing Square na Alphabet no primeiro trimestre de 2023, a um preço médio estimado de US$ 96,56. Isso significa que ele está sentado em um ganho de 60% com base no preço atual da ação de US$ 154,85. Ackman aumentou suas participações no segundo e terceiro trimestres de 2023, e também está lucrando com essas posições.

A Alphabet gerou um recorde de US$ 307,4 bilhões em receita em 2023, com US$ 5,80 em lucros por ação. Esse último valor coloca as ações da Alphabet em uma relação preço/lucro de 26,7. Isso significa que a Alphabet é a segunda ação mais barata entre as seis gigantes da tecnologia dos EUA avaliadas em US$ 1 trilhão ou mais. Oportunidade que Bill Ackman não desperdiçou.

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialGoogleOpenAIMicrosoft

Mais de Invest

Qual a diferença entre herdeiros necessários e testamentários?

Mercado pressiona Fed por novo corte de 50 na próxima reunião

Quais são os documentos necessários para fazer um inventário extrajudicial?

Petrobras bate recorde de investidores, mesmo com queda de CPFs na B3