Jerome Powell, presidente do Fed, e Christine Lagarde presidente do BCE (Erica Canepa/Bloomberg via/Getty Images)
Repórter
Publicado em 28 de junho de 2023 às 08h12.
Última atualização em 28 de junho de 2023 às 08h36.
Investidores esperam que o Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Portugal, dê pistas sobre os próximos passos da política monetária global nesta quarta-feira, 28. O evento reúne alguns dos principais banqueiros centrais do mundo e terá, hoje, a participação de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed). Também participam do Fórum do BCE o presidente do Bank of England,Andrew Bailey, e o presidente do Bank of Japan, Kazuo Ueda.
Com discurso previsto para às 10h30 (de Brasília), Powell poderá influenciar as apostas de que o Fed terá que voltar a subir a taxa de juro em julho. As últimas declarações foram nesse sentido, mas investidores ainda precificam 25% de chance de o Fed não elevar sua taxa de juro na próxima decisão. A expectativa de quem está nessa ponta é de que os números da economia americana irão arrefecer, dando maior confiança de que a batalha contra inflação já está encaminhada. Na véspera, ao menos, dados de confiança e de pedidos de bens duráveis voltaram a sair acima do consenso, revelando um nível de atividade maior que o esperado.
A inflação também vêm tirando o sono da presidente do BCE, Christine Lagarde. Lagarde, reafirmou a necessidade de seguir subindo suas taxas de juros em painel realizado na véspera, volta a falar hoje. "A mensagem do BCE em Sintra tem sido firmemente contracionista", avaliaram analistas do banco ING. O tom dos discursos, disseram, contribuiu para a valorização do euro, que subiu 0,5% contra o dólar na terça-feira. Nesta quarta, a moeda é negociada próxima da estabilidade contra o dólar.
Nas bolsas de valores, os principais índices de ações seguem sem uma direção definida à espera de um direcionamento dos banqueiros centrais.
No último pregão, o Ibovespa fechou em queda de 0,61%. A queda ocorreu mesmo após a reação inicialmente positiva à ata do Copom, que revelou maior propensão de o Banco Central começar a cortar a taxa de juros já em agosto. Analistas tem atribuído o tom negativo à realização de lucros obtidos durante a forte alta que chegou a colocar o Ibovespa de volta aos 120.000 pontos.
A maior cautela também antecede a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que irá se reunir nesta quinta-feira, 29, para discutir o regime de metas de inflação. Um eventual abrandamento das regras facilitaria os cortes de juros, mas entre investidores a possibilidade de mudança ainda é algo que preocupa devido às motivações não serem consideradas técnicas. O próprio Roberto Campos Neto, presidente do BC, já se pôs contrário a eventuais mudanças. Mas, como já ressaltou, ele tem apenas um dos três votos do CMN. que estão nas mãos do governo.
O Assaí celebrou a escritura de sua sétima emissão de debêntures de até R$ 1 bilhão, observado montante mínimo de R$ 750 milhões. Ainda poderá haver a emissão de um lote adicional de R$ 250 milhões , perfazendo um montante total de R$ 1,25 bilhão.
A Petrobras anunciou a celebração de dois novos contratos com a Companhia de Gás de Santa Catarina para venda e compra de gás natural. O contrato terá vigência de de 2024 a 2026, com ambos encerrando em 2034. O valor estimado do contrato é de R$ 7,6 bilhões.