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Empréstimos de três anos do BCE a bancos encontram forte demanda

Um total de 523 bancos tomaram dinheiro emprestado na operação de 489 bilhões de euros

Para alguns bancos, o dinheiro pode ser mais de 3 pontos percentuais mais barato do que podem conseguir no mercado aberto (Ralph Orlowski/Getty Images)

Para alguns bancos, o dinheiro pode ser mais de 3 pontos percentuais mais barato do que podem conseguir no mercado aberto (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 08h46.

Frankfurt - Os bancos tomaram 489 bilhões de euros na primeira oferta de liquidez de três anos realizada pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira, dando esperança de que uma crise de crédito possa ser evitada e que o capital possa ser usado para comprar dívida da Itália e da Espanha.

Um total de 523 bancos tomaram dinheiro emprestado na operação do BCE, com a demanda final ficando bem acima dos 310 bilhões de euros esperados por operadores ouvidos pela Reuters.

O euro subiu para o maior valor em uma semana frente ao dólar e as ações da Europa ampliaram a alta depois da operação, que, por ter recebido uma procura maior do que o previsto, aumentou o apetite por risco dos mercados.

Os empréstimos de três anos são a mais recente e ousada tentativa do BCE para aliviar os problemas da zona do euro. A autoridade monetária espera que a liquidez ilimitada de longo prazo tenha uma série de efeitos benéficos, como aumentar a confiança nos bancos, diminuir a ameaça de uma crise de crédito e tentar os bancos a comprar dívida espanhola e italiana.

Os financiamentos foram oferecidos a uma taxa que será a média da taxa básica de juros do BCE nos próximos três anos. Após o corte do mês passado, o juro básico está na mínima recorde de 1 por cento.

Para alguns bancos, o dinheiro pode ser mais de 3 pontos percentuais mais barato do que podem conseguir no mercado aberto.

Outro fator que aumentou a demanda é que os bancos estão agora mais dependentes do que nunca dos fundos do BCE. Na segunda-feira, o BCE afirmou que essa dependência pode ser difícil de ser curada. Os bancos franceses, por exemplo, quase quadruplicaram a tomada de empréstimos do BCE desde junho, para 150 bilhões de euros, enquanto os bancos italianos e espanhóis estão tomando mais de 100 bilhões de euros cada.

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