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Empresas têm lucros, mas ações divergem; veja análises

Balanços de Hypermarcas, Santander e Suzano agradam aos investidores, enquanto Fibria e Minerva caem após dados trimestrais


	Cinco empresas do Ibovespa repercutiram nesta quarta-feira (27) a divulgação de resultados.
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Cinco empresas do Ibovespa repercutiram nesta quarta-feira (27) a divulgação de resultados. (Thinkstock)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 27 de abril de 2016 às 19h09.

São Paulo - Cinco empresas do Ibovespa repercutiram nesta quarta-feira (27) a divulgação de resultados. Todas elevaram seus lucros, mas os papéis reagiram de forma distinta na Bovespa.

A Hypermarcas (HYPE3) teve lucro líquido de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 90,7 milhões vistos no mesmo período de 2015. O resultado foi influenciado pela conclusão da venda de seu braço de cosméticos para a Coty.

As ações da companhia chegaram a subir 2,54% na máxima de hoje, para R$ 29,49. A Guide Investimentos afirmou que o resultado foi "forte" e superou as expectativas do mercado. A corretora disse ainda que continua recomendando alocação nos papéis da empresa. 

"Acreditamos que a empresa está bem posicionada para capturar os benefícios da reestruturação estratégica e organizacional e consequentemente, para gerar valor aos acionistas com uma série de medidas que estão sendo implementadas", completou a Guide.

Também no azul, o banco Santander Brasil (SANB11) viu seus papéis subirem até 4,37% na máxima da sessão, para R$ 18,16 cada um. A instituição financeira reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,66 bilhão nos três primeiros meses de 2016, 1,7% maior que no mesmo trimestre do ano passado.

Os analistas Eduardo Rosman e Gustavo Lobo, do BTG Pactual, disseram em relatório que o balanço veio, no geral, "positivo". Segundo eles, o Santander "está no caminho para se tornar um banco melhor aos clientes, mas seu 'valuation' continua não atraente aos investidores".

Sem prejuízo

Outras três companhias reverteram o prejuízo registrado no primeiro trimestre de 2015 e apontaram lucro nos três primeiros meses deste ano. Duas delas são do setor de papel e celulose.

A Suzano (SUZB5) registrou ganho de R$ 1,125 bilhão entre janeiro e março de 2016. Nos mesmos meses do ano passado, a companhia teve prejuízo de R$ 762 milhões.

Segundo os analistas Gabriela Cortez e Victor Penna, do BB Investimentos, o balanço da empresa foi "forte", impulsionado pelo desempenho do segmento celulose, que foi impactado pelo cenário internacional. 

"Embora a demanda por papel no mercado doméstico continue fraca, a Suzano foi capaz de se sobrepor aos desafios a apresentar forte crescimento", disseram em relatório.

O BB manteve a recomendação de desempenho acima da média do mercado para os papéis da Suzano e ajustou o preço-alvo para o fim de 2016 de R$ 24 para R$ 18. Nesta quarta-feira, a ação da companhia chegou a subir até 4,29% na máxima do dia, para R$ 14,10.

Vendas caem

Também no setor de papel e celulose, a Fibria (FIBR3) reportou lucro de R$ 978 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 566 milhões no mesmo período de 2015.

Em relatório, o Credit Suisse disse que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia ficou abaixo do esperado no trimestre ao somar R$ 1,3 bilhão.

Já Samuel Torres, da Spinelli, ressaltou que o volume de vendas da empresa recuou 7,6% na comparação anual. As ações da Fibria chegaram a recuar 5,90% na mínima desta sessão, para R$ 31,24 cada uma. 

Boi gordo

Quem também reverteu prejuízo foi a empresa de alimentos Minerva (BEEF3), que reportou lucro líquido de R$ 46,3 milhões entre janeiro e março de 2016, ante perda de R$ 587,2 milhões no mesmo período do ano passado.

Os analistas Thiago Duarte e José Luis Rizzardo, do BTG Pactual, disseram em relatório que o balanço da empresa veio "em linha" com as expectativas. Segundo eles, as exportações ofuscaram a queda nas vendas internas por causa da fraca demanda no país. 

"O resultado sólido da Minerva ressalta nossa visão de que a indústria brasileira de carnes está em um momento muito melhor agora", disseram. O BTG recomendou a compra das ações da Minerva, com preço-alvo de R$ 18 em 12 meses.

Já o Bradesco disse que a receita líquida da companhia, de R$ 2,34 bilhões, ficou 10% abaixo do esperado por causa das menores exportações de boi vivo. As ações da Minerva tiveram baixa de até 4,04% na mínima da sessão nesta quarta-feira, para R$ 10,70 cada uma. 

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