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Empresas de papel e celulose encolheram na Bolsa

O mau desempenho das ações nos últimos dois anos fez com que as empresas do setor valessem menos

Fábrica de papel e celulose (hxdyl/ThinkStock/Bloomberg)

Fábrica de papel e celulose (hxdyl/ThinkStock/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 25 de março de 2017 às 08h01.

Última atualização em 29 de março de 2017 às 16h52.

São Paulo - A desvalorização do dólar e a defasagem do preço de venda da celulose fizeram com que as ações das empresas de papel e celulose tivessem o pior desempenho na Bolsa em 2016.

Com a queda no preço das ações, o valor de mercado das companhias encolheu. É o que aponta um levantamento realizado pela consultoria Economatica.

O estudo analisou os dados das cinco empresas listadas na Bolsa - Klabin, Suzano, Fibria, Celulose Irani e Melhor SP - e apontou que juntas, o valor de mercado destas empresas diminuiu 44,11%.

Em 2015, o valor de mercado do setor era de 75,66 bilhões de reais, enquanto em 2016, foi de 52,5 bilhões de reais.

Entre as empresa analisadas, a Fibria foi a que mais perdeu cerca de 11 bilhões de reais, na comparação anual.

A Klabin perdeu 7,1 bilhões de reais em valor de mercado, enquanto a Suzano Papel e Celulose, perdeu 4,86 bilhões de reais.

Já a Celulose Irani perdeu 100 milhões de reais. A única que apresentou ganhos em valor de mercado foi a Melhor SP, de 45 milhões de reais. Confira na tabela abaixo.

EmpresaValor de mercado em 2015Valor de mercado em 2016Valor de mercado em 2017 (até março)
Fibria28,70 bilhões de reais17,64 bilhões de reais15,80 bilhões de reais
Klabin25,96 bilhões de reais18,86 bilhões de reais14,66 bilhões de reais
Suzano Papel e Celulose20,341 bilhões de reais15,48 bilhões de reais14,34 bilhões de reais
Celulose Irani495 milhões de reais395 milhões de reais462 milhões de reais
Melhor SP158 milhões de reais203 milhões de reais235 milhões de reais

Desempenho na Bolsa em 2017

Este ano, as empresas ensaiam uma recuperação. As maiores já anunciaram reajuste no preço do papel e celulose. A Suzano, por exemplo, já elevou pela quarta vez o preço para a China. Com o último aumento, o preço da tonelada ficará em 660 dólares a partir de abril.

Mas não basta apenas o reajuste no preço, a desvalorização do dólar tem pesado bastante no desempenho das ações até agora. Com isso, as ações preferenciais da Suzano acumulam perdas de 10%.

As units da Klabin, já caíram 18,77%, enquanto os papéis ordinários da Fibria acumulam perdas de 13,30%.

As únicas empresas do setor que acumulam ganhos são as ações da Celulose Irani e Melhor SP, com alta de 19,11% e 10,65%. Lembrando que são empresas de menor liquidez na Bolsa.

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