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Empresa lança primeiro fundo de ações de redes sociais em bolsa

Global X Social Media ETF tem papéis do Groupon, LinkedIn, Pandora e outros

Os papéis do Groupon, que dispararam 50% na estreia em bolsa, também compõem o índice (Nasdaq OMX)

Os papéis do Groupon, que dispararam 50% na estreia em bolsa, também compõem o índice (Nasdaq OMX)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 10h51.

São Paulo – A Global X Funds aproveitou a euforia em torno das redes sociais para lançar o primeiro fundo de ações negociado em bolsa (ETF-Exchange Traded Fund) que segue um índice composto por papéis relacionados às redes sociais. 

O Global X Social Media Index ETF (SOCL) estreou na terça-feira cotado a 14,93 dólares e já enfrentou um dia de desvalorização de 1,07%. O índice é composto por 23 empresas. As 10 com maior participação são: Tencent Holdings (10%), Sina Corp (10%), Dena (10%), Netease (10%), Gree (8%), Google (4,75%), Mail. Ru (4,75%), Yandex (4,75%), Renren (4,75%) e Groupon (4,75%).

“Enquanto a indústria continua a se expandir por meio de IPOs, o índice irá capturar essas novas empresas logo após a estreia pública, oferecendo uma maneira relativamente estável de ganhar exposição à indústria da mídia social”, destaca Bruno del Ama, CEO da Global X Funds.

Oportunismo

Para parte dos investidores, o novo produto é mais um reflexo da irracionalidade em torno dos valores estimados para as redes sociais. A última empresa do setor a estrear na bolsa foi o Groupon (GRPN). As ações, que foram vendidas a 20 dólares cada, acima do intervalo estimado pelos coordenadores da oferta (de 16 a 18 dólares), dispararam 50% no primeiro dia de negócios.

A operação foi a segunda maior do setor de internet neste ano, atrás apenas da oferta da russa Yandex, que arrecadou 1,4 bilhão de dólares em maio de 2011, segundo dados compilados pela Reuters. “Os provedores de ETF e fundos têm o hábito de lançar produtos que acham que irão coletar dinheiro dos investidores, mas não necessariamente criar recursos para os investidores”, disse Rick Ferri, fundador da Portfolio Solutions, para a CNN Money.

Outra crítica é a exposição do índice a empresas que não redes sociais puras, como o Google. As empresas chinesas têm a maior participação no produto com uma fatia de 36,92%, seguidas pelas americanas (26,31%), japonesas (19,47%) e russas (9,5%).

E vale lembrar: as vedetes Facebook e Twitter ainda não estão disponíveis para os investidores e suas ações são apenas negociadas no mercado de balcão. 

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