A Itiquira Acquisition é negociada na Nasdaq sob o código ITQRU (Somyot Techapuwapat / EyeEm/Getty Images)
Beatriz Quesada
Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 15h43.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2021 às 22h28.
A Itiquira Acquisition captou 200 milhões de dólares em uma oferta pública de ações (IPO), com uma demanda de dez vezes a oferta. Fundada por Paulo Gouvea, ex-sócio de EBX e XP, a Itiquira é a segunda SPAC com atuação no mercado brasileiro.
As SPACs -- sigla para Special Purpose Acquisition Company -- são companhias de “cheque em branco”, em que os investidores confiam na expertise dos gestores para encontrar, adquirir e realizar o IPO de uma boa empresa.
A Itiquira Acquisition anunciou que pretende adquirir uma empresa com alto potencial de crescimento procurando, principalmente, negócios dentro das áreas de tecnologia, healthcare, farmácia, educação e serviços ao consumidor.
A operação foi realizada na bolsa americana Nasdaq, onde a empresa é negociada sob o código ITQRU e teve os bancos Citi Bank e o UBS como coordenadores da oferta.
As SPACs levantaram 80 bilhões de dólares nos EUA em 2020 -- montante maior do que o volume combinado de todos os anos desde o surgimento do modelo em 2003. A pioneira do modelo no Brasil foi a HPX. Listada na bolsa americana Nyse no ano passado, a SPAC formada por brasileiros captou 220 milhões de dólares para investir em um negócio no Brasil.
Essas empresas normalmente contam com uma janela de dois anos para encontrar um negócio para investir. Quando a operação é concluída, a SPAC é dissolvida e seus investidores se tornam acionistas da empresa selecionada.