Mercado financeiro em Nova York (AFP)
Redatora na Exame
Publicado em 29 de abril de 2025 às 08h03.
Nesta terça-feira, 29, o destaque do dia é a publicação, nos Estados Unidos, do relatório Jolts de março, que será divulgado às 11h (horário de Brasília) e deve mostrar 7,5 milhões de vagas abertas, mantendo o nível de fevereiro.
O dado é o primeiro de uma série sobre o mercado de trabalho norte-americano nesta semana — que culmina com o payroll na sexta-feira — e pode ajudar a ajustar as expectativas sobre o rumo dos juros americanos.
No mesmo horário, saem também o índice de confiança do consumidor do Conference Board e, às 9h30, a balança comercial de bens de março.
No Brasil, a agenda começa às 8h com a divulgação do IGP-M de abril, que deve trazer alívio inflacionário após alta de 8,58% em 12 meses até março. Também saem as sondagens de comércio e serviços da FGV.
Às 11h, o Banco Central realiza coletiva com Gabriel Galípolo para comentar o Relatório de Estabilidade Financeira. No fim do dia, após o fechamento do mercado, a Petrobras divulga seu relatório de produção e vendas.
A política segue no radar. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, comparece à Câmara para falar sobre as investigações de fraudes no INSS.
À noite, a China publica os PMIs industrial e de serviços de abril.
Na agenda corporativa, o mercado repercute os resultados de Gerdau e Metalúrgica Gerdau divulgados na véspera, e aguarda os números de Neoenergia, Isa Energia, Marcopolo, Iguatemi, Log ON e Kepler Weber. Nos EUA, os balanços de Pfizer, Starbucks e General Motors são os destaques.
Os efeitos das tarifas americanas continuam repercutindo no mercado. Segundo informações da Bloomberg, os recentes ataques do presidente Donald Trump à China estão reforçando o apoio interno ao presidente Xi Jinping, inclusive entre seus críticos.
Empresas como Alibaba e JD.com já se mobilizam para proteger os exportadores chineses, enquanto analistas alertam que as tarifas atuais podem comprometer até 80% das exportações chinesas para os EUA.
Ao mesmo tempo, a administração Trump deve anunciar uma medida para suavizar os efeitos das tarifas automotivas, o que pode trazer algum alívio às montadoras americanas e a seus fornecedores.
No noticiário europeu, a energia foi restabelecida na Espanha e em Portugal após um apagão massivo que afetou milhões de pessoas na segunda-feira.
Os mercados globais digerem uma série de resultados corporativos e seguem atentos às negociações comerciais entre Washington e países asiáticos.
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão sem uma tendência clara. O índice CSI 300, da China continental, recuou 0,17%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 0,16%. O destaque positivo foi a Austrália, com o S&P/ASX 200 em alta de 0,92%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,65%. O mercado japonês permaneceu fechado por conta de feriado nacional.
Na Europa, os índices operam em em leve alta nesta manhã, com o Stoxx 600 registrando avanço de 0,3% por volta das 11h15 (horário de Londres). As ações da Volvo Cars caíram 8,5% após a montadora divulgar forte queda no lucro do primeiro trimestre e suspender suas projeções para o restante do ano.
Os futuros de ações nos Estados Unidos operam em alta na manhã desta terça, sinalizando um início positivo para Wall Street. Por volta das 7h (horário de Brasília), os contratos futuros do Dow Jones subiam 0,41%, enquanto os do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançavam 0,15% cada.