Mercados

Emissões externas pressionam dólar, que recua

Investidores ainda digerem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,5% esta semana


	Dólar: o dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,3490, uma queda de 0,59%
 (Susana Gonzalez)

Dólar: o dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,3490, uma queda de 0,59% (Susana Gonzalez)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 16h19.

São Paulo - O dólar caiu ante o real nesta sexta-feira, 17, pressionado pelas emissões exteriores de companhias brasileiras. Investidores ainda digerem também a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 0,5% esta semana, pois a possibilidade de novos aumentos na taxa básica de juros poderia dar suporte para o real.

O dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,3490, uma queda de 0,59%. Por volta das 16h55 o giro estava em torno de US$ 1,60 bilhão - um nível elevado - segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,65%, a R$ 2,3550. O volume de negociação era de aproximadamente US$ 12,76 bilhões.

Após a alta registrada na quinta-feira, 16, o dólar registrou uma sessão volátil hoje. "Todo mundo sabe que a tendência do dólar é para cima. Mas o mercado ficou mais vendedor hoje", resumiu o chefe de tesouraria de um banco. O movimento no Brasil, aliás, esteve na contramão do exterior, onde a moeda americana recuava ante o euro e boa parte das divisas de países ligados a commodities.

A moeda norte-americana foi pressionado pela expectativa de entrada de recursos no País, em meio a diversas emissões externas de dívida por companhias brasileiras nos últimos dias.

Operadores já observaram fluxos positivos nesta sexta-feira. Outro fator que colabora para pressionar o dólar é a rolagem de contratos de swap cambial promovida pelo BC. Hoje foram vendidos todos os 25 mil contratos (US$ 1,234 bilhão), na segunda etapa da rolagem de títulos que vencem em 3 de fevereiro.

Entre os indicadores econômicos divulgados hoje, a FGV informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,46% na segunda prévia de janeiro, ante alta de 0,54% registrada na segunda prévia do mesmo indicador em dezembro. O resultado ficou perto do piso do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam alta entre 0,45% e 0,60%, com mediana de 0,48%.

Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,31% em novembro de 2013 em relação ao mês anterior, após registrar alta de 0,71% em outubro ante setembro (dado revisado), na série com ajuste sazonal. A queda ficou abaixo do piso das projeções (-0,28% a +0,60%).

Nos EUA, a produção industrial avançou 0,3% em dezembro ante novembro, em linha com a expectativa dos economistas. Em todo o ano de 2013, a produção industrial avançou 3,7%. Já no setor imobiliário, as construções de moradias iniciadas cederam 9,8% em dezembro ante novembro, afetadas pelo forte frio, mas mesmo assim a retração foi menor do que a queda de 10,6% estimada.

Em todo o ano de 2013, as construções de moradias iniciadas avançaram 18,3%, no melhor desempenho desde 2007. Além disso, segundo pesquisa da Reuters/Universidade de Michigan, a confiança do consumidor recuou para 80,4 na leitura preliminar de janeiro, de 82,5 em dezembro e abaixo da previsão dos analistas, de 83,5.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarDólar comercialMoedas

Mais de Mercados

Dividendos: As empresas que mais pagaram proventos no ano e 3 recomendações para o restante de 2025

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, aconselha Trump: 'Pare de discutir com Powell sobre juros'

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump