Embraer: fabricante de aeronaves reportou os números do segundo trimestre de 2025 nesta terça-feira, 5 (Leandro Fonseca /Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 07h52.
Em meio a reviravoltas com o tarifaço, a Embraer (EMBR3) reportou seu balanço do segundo trimestre de 2025 e registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões, ante um lucro de R$ 415,7 milhões do ano anterior.
“A companhia destaca que os resultados do segundo trimestre não foram significativamente impactados pelas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos (EUA)”, afirma em comunicado.
Já a receita líquida foi de R$ 10,3 bilhões, ante os R$ 7,85 bilhões reportados no mesmo período do ano anterior, uma alta de 31% – um recorde para o segundo trimestre.
A margem EBITDA ajustada saiu de 12,7% na comparação anual para 13,5%. O EBIT ajustado cresceu de R$ 725,5 milhões para R$ 1,08 bilhão, um crescimento de 49%. A margem EBIT ajustada saiu de 9,2% para 10,6%.
A Embraer, individualmente, investiu um total de R$ 576,5 milhões no período, em comparação com R$ 507,9 milhões no segundo trimestre de 2024. As despesas de capital (Capex) totalizaram R$ 299,9 milhões (R$ 241,1 milhões no mesmo período do ano anterior).
O fluxo de caixa livre ajustado da Embraer foi de menos R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2025.
A Embraer mantém as estimativas de 2025, com entregas da Aviação Comercial entre 77 e 85 aeronaves, e entregas da Aviação Executiva entre 145 e 155 aeronaves. Em relação à receita, a companhia estima um valor entre US$ 7 e US$ 7,5 bilhões, com margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% e fluxo de caixa livre ajustado de US $200 milhões ou maior para o ano.
A fabricante de aeronaves também reiterou sua carteira recorde de pedidos de US$ 29,7 bilhões no segundo trimestre, o maior valor já registrado pela empresa, o que representa uma alta de 40% em relação ao mesmo período do ano passado e de 13% na comparação com o primeiro trimestre de 2025 – superando na ocasião as projeções do mercado.
No total, foram 61 aeronaves entregues entre abril e junho — mais que o dobro do resultado do primeiro trimestre, que terminou com 30 unidades, e 30% acima das 47 aeronaves entregues no ano anterior.
A divisão de Aviação Comercial fechou o período com US$ 13,1 bilhões (+16% anual) em pedidos, a maior carteira desde 2017, enquanto a Aviação Executiva também teve desempenho positivo, com uma carteira de US$ 7,4 bilhões (+62% anual) no segundo trimestre de 2025. No segmento de Defesa da Embraer, os pedidos atingiram US$ 4,3 bilhões, um aumento de (+100% anual).