Bovespa: às 13h25, o Ibovespa tinha leve queda de 0,24 por cento, a 50.766 pontos, na esteira de três altas consecutivas (Bloomberg News/Paulo Fidman)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 12h35.
São Paulo - A bolsa brasileira reduzia as perdas da manhã desta sexta-feira após a abertura positiva das bolsas norte-americanas, o que ajudou a levantar diversos papéis e compensar a queda acentuada das ações da Petrobras em um pregão de poucos negócios.
Às 13h25, o Ibovespa tinha leve queda de 0,24 por cento, a 50.766 pontos, na esteira de três altas consecutivas. O volume financeiro era de 1 bilhão de reais.
O mercado acionário ficou fechado nos dois últimos dias devido ao feriado de Natal e os investidores também já se preparam para as festas de Reveillón, o que limitava as negociações e favorecia oscilações mais bruscas.
As bolsas europeias não abriram, o que colaborava ainda mais para reduzir a liquidez. Já os principais índices norte-americanos atingiam novos recordes pouco depois da abertura, a caminho da segunda semana consecutiva de ganhos, em movimento que passou a ser acompanhado pela Bovespa.
"A volatilidade acaba sendo mais alta porque poucos negócios influenciam muito, mas o mercado tende a fechar perto da estabilidade", disse o analista da Guide Investimentos Luis Gustavo Pereira. Ações do setor elétrico apareciam entre as maiores altas do Ibovespa, compensando junto com Ambev a queda superior a 3 por cento da Petrobras.
As ações da petroleira, que subiram cerca de 6 por cento na última sessão na Bovespa em movimento de ajuste, devolviam parte dos ganhos, com o mercado digerindo novas notícias relacionadas ao suposto esquema bilionário de corrupção envolvendo a estatal.
Na terça-feira, após o fechamento do mercado, a agência de classificação de risco Moody's colocou os ratings da companhia em moeda estrangeira e local em revisão para possível rebaixamento. Atualmente, a nota da petroleira é "Baa2".
Além disso, a cidade norte-americana de Providence entrou com uma ação coletiva contra a empresa, argumentando que investidores adquiriram papéis da estatal com preços inflados pelos contratos superfaturados à base de propina, no suposto esquema revelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
No campo positivo, a companhia do setor imobiliário Rossi Residencial também era destaque. O papel dava continuidade ao movimento de "short squeeze" registrado no último pregão --quando um papel avança rapidamente à medida que agentes do mercado que haviam alugado a ação para vendê-la no mercado cobrem suas posições. A ação subiu 27,52 por cento na terça-feira e agora subia 5,47 por cento.