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Em NY, bolsas abrem em queda com Itália e Grécia

Berlusconi disse ontem que irá renunciar, mas não deixou claro quando e essa incerteza ajuda a pressionar as bolsas europeias para baixo junto com Wall Street

Pressionando as bolsas, o ex-premiê Silvio Berlusconi não tem crédito nos mercados (Getty Images)

Pressionando as bolsas, o ex-premiê Silvio Berlusconi não tem crédito nos mercados (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 12h10.

Nova York - Se tem algo que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, não tem perante os mercados é crédito. Ele finalmente disse ontem que irá renunciar, mas não deixou claro quando e essa incerteza ajuda a pressionar as bolsas europeias para baixo e sinaliza uma abertura em queda de mais de 1% em Wall Street nesta quarta-feira. Às 12h15 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 1,80%, o S&P 500 tinha queda de 2,39% e o Nasdaq perdia 1,77%. Nesse cenário, a Bolsa de Nova York anunciou antes da abertura que recorreu à norma 48 para reduzir a volatilidade.

A regra 48 permite que os market makers não divulguem indicação de preços antes da abertura do pregão, para acelerar e facilitar a abertura das ações em dias em que o mercado deve registrar volatilidade.

As ações dos grandes bancos dos Estados Unidos derretiam no pré-mercado. Às 12h11 (hora de Brasília), Morgan Stanley caía 4,85%; Citigroup, 4,52%; Bank of America, 3,68%; Goldman Sachs, 2,88%; Wells Fargo, 2,37% e JP Morgan, 3,20%.

Berlusconi tinha dito ontem que entregará o cargo ao presidente italiano Giorgio Napolitano logo após a votação da Lei de Estabilidade do orçamento de 2012, que deve ser votada na próxima semana. Ele também insistiu que deve haver eleições após sua saída, mas que não deverá ser candidato.

Hoje, no entanto, os preços dos bônus da Itália despencaram, provocando um forte aumento no yield (retorno ao investidor), que levou as taxas para novos recordes desde a criação do euro, depois que a câmara de compensações LCH.Clearnet tornou mais cara a negociação com os títulos soberanos italianos.

Esta manhã, o yield dos bônus italianos de 10 anos subiu para 7,31%, superando o nível de 7% que levou Grécia, Irlanda e Portugal a serem socorridos. O yield dos bônus de 2 anos subiu para 7,16%.

Na Grécia, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, deve anunciar sua renúncia oficialmente hoje. Segundo a imprensa, em seu lugar, como primeiro-ministro do governo de coalizão, deve assumir o presidente da Corte de Justiça Europeia, Vassilis Skouris, uma vez que surgiu oposição ao nome do ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Lucas Papademos.


Às 12h17 (hora de Brasília), o euro caía a US$ 1,3609, de US$ 1,3833 no fim da tarde de ontem. O Dollar Index, que pesa a moeda americana ante seis principais rivais, subia 1,37%, a 77,633. O ouro caía 0,23%, a US$ 1.795,1 a onça-troy. O petróleo WTI tinha queda de 1,40%, a US$ 95,44 o barril na Nymex. O Brent recuava 1,63%, a US$ 113,12 o barril na ICE.

Da China veio algum alento hoje, com dados que mostraram uma inflação mais moderada, com CPI em 5,5% em outubro, de 6,1% em setembro, e alta dos preços aos produtores de 5%, abaixo das expectativas de alta de 5,8% e também dos 6,5% registrados em setembro.

Nos Estados Unidos, dados sobre os estoques e as vendas do setor atacadista saem às 13h. Em tempo: após o bem-sucedido IPO do Groupon, o site de avaliações do consumidor Yelp quer fazer uma oferta pública inicial que pode chegar a US$ 2 bilhões.

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