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Em meio a 3º caso de coronavírus no Brasil, alta na bolsa vai continuar?

Bolsas asiáticas fecharam o quarto dia seguido em alta nesta quinta-feira, ainda que o número de casos de coronavírus fora da China siga subindo

Bolsa de Valores: Ibovespa subiu 1,60% na quarta-feira, impulsionado por alta do dólar e alta de mais de 4% na bolsa americana (Germano Lüders/Exame)

Bolsa de Valores: Ibovespa subiu 1,60% na quarta-feira, impulsionado por alta do dólar e alta de mais de 4% na bolsa americana (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2020 às 06h56.

Última atualização em 5 de março de 2020 às 07h20.

São Paulo — O número de casos de coronavírus no mundo não dá sinal de que está começando a cair. Pelo contrário, a epidemia começa a se espalhar, ainda que gradualmente, por países emergentes, como os da América do Sul, que tem agora casos no Brasil, no Equador e na Argentina. Mas as bolsas asiáticas, que fecharam em seu quarto dia seguido de alta na madrugada desta quinta-feira, 5, podem ter sido sinal de outro dia positivo nos mercados mundo afora.

As bolsas asiáticas fecharam o quarto dia seguido em alta nesta quinta-feira, 5, após terem ficado praticamente estagnadas no dia anterior. Na China, o índice de Xangai fechou em alta de 1,99% e o de Shenzhen em 1,90%. O MSCI, de ações Ásia-Pacífico (menos do Japão) subiu 0,7%. O japonês Nikkei subiu 1,09%.

As altas seguem um dia de crescimento estrondoso no Ocidente. Na quarta-feira, 4, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um pacote de estímulo de 8 bilhões de dólares para combater o coronavírus, após a nona morte anunciada no país. Foi a primeira resposta mais contundente de uma potência ocidental contra o vírus, uma vez que países, como China, Coreia do Sul e Japão já haviam anunciado pacotes de estímulo.

Enquanto isso, nas primárias democratas para escolher o futuro opositor de Donald Trump, o ex-vice-presidente Joe Biden teve uma importante vitória na chamada Super Terça. Biden é preferido pelos mercados ante o senador Bernie Sanders. Tudo isso levou o S&P 500 a alta de 4,22% no pregão de ontem.

A bolsa americana viveu dois dias muito distintos na semana. No dia anterior, na terça-feira, 3, as bolsas caíram depois de decisão do Fed, banco central americano, de reduzir os juros. O corte de juros por bancos centrais mundo afora são vistos como importantes para conter a crise, mas um pânico parcial se instaurou diante da decisão do Fed em caráter emergencial. F0i a primeira redução a ocorrer fora das datas previstas de reunião desde a crise financeira de 2008.

Enquanto isso, o Brasil informou na quarta-feira, 4, seu terceiro caso de coronavírus, também em São Paulo. O Ministério da Saúde ainda diz estar esperando a confirmação de um quarto caso, uma adolescente de 13 anos que foi recentemente a um hospital na Itália. No mundo, os dados da manhã de quinta-feira dão conta de 95.748 casos, mais de 15.000 fora da China. Até agora, foram mais de 3.200 mortes.

A confirmação do terceiro caso no Brasil foi dada no meio da tarde, mas não impactou o fechamento da bolsa, com o Ibovespa terminando o dia em alta de 1,60%. O valor do dólar, que fechou a 4,58 reais, alta de 1,54%, fez ações de empresas exportadoras puxarem as altas do pregão.

O S&P 500 acumula alta de 5,9% na semana, praticamente um milagre em tempos de coronavírus. Na mesma linha, o Ibovespa acumula alta de 2,9% na semana. O europeu Stoxx 600 abriu o dia em baixa de 0,67% até às 6h30 desta quinta-feira, mas também acumula alta na casa dos 2% na semana. A ver se a temporada de estímulos governamentais será suficiente para manter a sequência de altas até o fim da semana.

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