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Em linha com exterior, dólar sobe ante o real

O preço de R$ 3,1830 no fechamento do balcão é o maior desde 29 de maio de 2015


	Dólar: a máxima foi de R$ 3,20 e a mínima de R$ 3,158
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Dólar: a máxima foi de R$ 3,20 e a mínima de R$ 3,158 (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 18h06.

São Paulo - O dólar à vista encerrou a terça-feira, 7, em alta, mas distanciando-se da máxima de R$ 3,2000 atingida no meio da tarde, após informações de que a Grécia e credores estariam trabalhando sobre um novo acordo até domingo.

De todo modo, o preço de R$ 3,1830 no fechamento do balcão é o maior desde 29 de maio de 2015.

O dólar à vista fechou em R$ 3,1830 (+1,08%) no balcão. O volume era de US$ 1,5 bilhão aproximadamente às 16h45. A máxima foi de R$ 3,2000 e a mínima, de R$ 3,1580.

O dólar para agosto, naquele horário, avançava 1,33%, a R$ 3,2100, com forte giro financeiro.

Ao longo do dia, a aversão ao risco cresceu sobremaneira, penalizando as moedas de países da América Latina e aquelas ligadas a commodities, após um novo fracasso nas negociações para um acordo na Grécia na reunião do Eurogrupo.

Além disso, houve aumento das preocupações com a economia da China, provocando forte queda dos preços das commodities.

A moeda passou o dia todo em alta, mas passou a renovar as máximas no final da manhã, diante da informação de que na reunião do Eurogrupo o governo da Grécia apresentou as mesmas propostas que não puderam ser discutidas anteriormente, segundo fontes.

Ao longo da tarde, contudo, informações de que um novo acordo estaria sendo costurado entre Atenas e os líderes europeus conseguiram frear a renovação das máximas ante o real.

Segundo fontes, a zona do euro estaria estudando um plano para acordo de curto prazo até domingo, que providenciaria um financiamento imediato ao país.

Também segundo fontes, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, teria proposto a concessão de um financiamento provisório até o fim de julho ao país em troca de algumas revisões que estão sendo demandadas pelos credores.

De todo modo, os investidores tentaram se antecipar a uma eventual saída da Grécia da zona do euro.

Mesmo porque a situação econômica dos emergentes é preocupante, com destaque para a China, onde a expressiva correção de queda das bolsas está elevando o temor sobre uma bolha no mercado de ações.

Desde meados de junho, os mercados acionários chineses caíram quase 30%, na mais intensa sequência de baixa desde 1992. Por isso, os preços das commodities também têm tido expressivo ajuste de queda.

No Brasil, o quadro político gera desconforto e o mercado tenta calcular o risco de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, em meio à proximidade do fim do prazo para que ela apresente argumentos que convençam o Tribunal de Contas da União (TCU) a aprovar as contas de 2014.

Uma eventual rejeição pode abrir brecha para que a oposição conteste seu mandato, ainda mais diante das acusações de financiamento irregular de sua campanha presidencial.

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