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Em entrevista na prisão, Madoff diz que não tem a quem ligar

Cumprindo pena de 150 anos de prisão pela maior fraude financeira da história dos Estados Unidos, Madoff conversou com o Wall Street Journal


	Bernard Madoff foi condenado a 150 anos de prisão pelo esquema de corrupção que desviou 50 bilhões de dólares de investidores do mundo todo
 (Getty Images)

Bernard Madoff foi condenado a 150 anos de prisão pelo esquema de corrupção que desviou 50 bilhões de dólares de investidores do mundo todo (Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de dezembro de 2013 às 16h24.

São Paulo - No aniversário de 5 anos da descoberta do esquema Ponzi que causou bilhões de dólares em perdas para investidores, Bernard Madoff se sentou para conversar com a repórter Sital Patel, do Wall Street Journal.

Ele cumpre uma pena de 150 anos em uma prisão em Butner, na Carolina do Norte, pelo que foi considerada a maior fraude financeira da história dos Estados Unidos.

De acordo com a repórter, o ex-investidor não demonstrou sinais de stress e disse que o local era como um "acampamento". Os outros detentos até pediram para que ele desse um curso sobre investimentos, o que não foi permitido pela direção.

Segundo Madoff, os bancos sabiam da sua fraude e foram cúmplices por anos, e seus clientes, "pessoas sofisticadas", continuavam investindo mesmo após não obterem resposta sobre como o esquema funcionava.

Madoff também chamou de "idiota" o investigador que acendeu o alerta sobre seus investimentos e classificou o programa de estímulo econômico do FED como "a maior manipulação" que ele já viu.

Apesar dos detentos terem direito a falar no telefone por 15 minutos de cada vez, com um total de 300 minutos por mês, ele diz que não usa sua cota porque "não tem ninguém para conversar".

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