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Em dia de más notícias, bolsas europeias fecham em queda

A Comissão Europeia revisou os principais dados da zona do euro e disse que a economia dos 17 países membros deve encolher 0,4% em 2013


	Fila de desempregados em Burgos, na Espanha: tendência negativa das economias da região acelerou as perdas nas principais bolsas europeias
 (AFP / Cesar Manso)

Fila de desempregados em Burgos, na Espanha: tendência negativa das economias da região acelerou as perdas nas principais bolsas europeias (AFP / Cesar Manso)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 15h39.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 05, pressionados pelas revisões de projeções para crescimento e desemprego na zona do euro, além de um alerta do Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) sobre a inflação no país e um processo de desalavancagem da economia.

O índice Europe Stoxx 600, que inclui ações de diversas bolsas europeias, encerrou em queda de 0,20%, aos 321,89.

A Comissão Europeia revisou os principais dados da zona do euro e disse que a economia dos 17 países membros deve encolher 0,4% em 2013.

Para 2014, os números foram revisados e a perspectiva de crescimento passou de 1,2% para 1,1%. Já a taxa de desemprego deve permanecer próxima de 12,2% até 2015, quando então poderá recuar para 11,8%. A tendência negativa das economias da região acelerou as perdas nas principais bolsas europeias.

"Os mercados caíram depois da revisão da comissão e eu acho que os investidores estão tirando um pouco do risco da mesa", disse Michael Hewson, analista da CMC Markets.

A China também contribuiu para a queda após o PBoC alertar sobre a alta da inflação e destacar que provavelmente a inflação subirá mais no quarto trimestre deste ano. A instituição também afirmou que a economia local pode viver um "processo de desalavancagem no longo prazo", alertando para os problemas impostos pela dívida dos governos locais e pelo mercado imobiliário.

O índice FTSE Mib, de Milão, liderou as perdas entre as bolsas europeias e teve queda de 1,13%, aos 19.091,9 pontos. As ações do Unicredit perderam 2,6%, o Intesa Sanpaolo caiu 2,3% e o Banco Popolare teve baixa de 2%. Entre os maiores ganhos estão a Mediaset, com alta de 3,4%, Banca Populare di Milano, com ganhos de 2,1% e a Pirelli, que subiu 1,5%. Nesta terça o ministro de Economia da Itália, Fabrizio Saccomani, também firmou posição de que o Banco Central Europeu (BCE) pode cortar as taxas de juros até o fim do ano devido às atuais condições macroeconômicas da zona do euro.

Em Londres, o índice FTSE caiu 0,25%, para 6.746,84 Pontos. As ações do RSA Insurance Group lideraram as perdas, com queda de 6,3%, depois que a companhia relatou que espera resultados abaixo do esperado neste ano. Já as empresas de mineração deram suporte ao índice nesta terça-feira, com as ações da Rio Tinto subindo 1,25% e da BHP Billiton com ganho de 1,05%.

Em Frankfurt, o índice DAX perdeu 0,31%, aos 9.009,11 pontos. As ações da BMW tiveram as maiores quedas do dia, com perdas de 2,90%, após a divulgação do balanço do terceiro trimestre revelar que as receitas diminuíram, apesar de um aumento no lucro. As ações do Deutsche Bank e da Siemens também recuaram nesta sexta, em queda de 1,6% e 1,3%, respectivamente.

O índice IBEX-35 da Bolsa de Madri fechou em queda de 0,79%, aos 9.795,70 pontos, influenciado pelos dados de desemprego na Espanha, que registrou um aumento de 87 mil solicitações de seguro-desemprego, somando um total de 4,81 milhões de pedidos no país. Já o índice CAC-40, em Paris, fechou com queda de 0,82%, aos 4.253,34 pontos.

Em Lisboa, o PSI20 foi na contramão do restante do mercado europeu após a revisão dos dados da Comissão Europeia, que foram positivas para o país. O índice fechou em alta de 0,29%, aos 6.321,51 pontos. Entre as projeções feitas pela Comissão, Portugal esteve entre os países que apresentaram uma ligeira melhora, após um crescimento mais forte do que o esperado no segundo semestre, o que ajudou o mercado nesta terça. As projeções indicam que o PIB português deve contrair-se 1,8% neste ano, de 2,3% na projeção de maio. Para 2014, a estimativa é que o PIB avance 0,8%, de 0,6% na projeção anterior, e acelere para 1,5% em 2015. Fonte: Dow Jones Newswires

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