A bolsa paulista seguiu acompanhando de perto as perspectivas para o mercado asiático, que teve outro dia ruim em meio a prognósticos de desaceleração da economia chinesa. (Germano Luders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 18h29.
São Paulo - Apertado pelo fraco desempenho de ações de empresas de aço e outras ligadas ao mercado doméstico, o Ibovespa recuou para o menor nível em três meses nesta segunda-feira marcada pelo exercício de opções e por notícias de fusões.
Descolando da performance discretamente positiva dos mercados norte-americano e europeu, o Ibovespa recuou 1,06 por cento, aos 67.263 pontos, na mínima do dia. O giro financeiro da sessão foi de 10,6 bilhões de reais, incluindo os 2,99 bilhões de reais do exercício de opções.
Segundo profissionais do mercado, a bolsa paulista seguiu acompanhando mais de perto as perspectivas para o mercado asiático, que teve outro dia ruim em meio a prognósticos de desaceleração da economia chinesa. As fabricantes de aço, que estão entre as maiores exportadoras brasileiras para aquele mercado, fecharam no vermelho.
"Nosso mercado está acompanhando mais as bolsas asiáticas do que Wall Street", disse Roberto Alem, economista da M2 Investimentos.
Em destaque, CSN caiu 2,2 por cento, a 26,60 reais; Gerdau perdeu 2,66 por cento, a 22,29 reais. MMX encolheu 3,8 por cento, a 10,30 reais.
O pessimismo do mercado, entretanto, alvejou também empresas ligadas ao mercado doméstico, sobretudo construtoras e bancos. Cyrela puxou a fila de seu setor, tombando 3,9 por cento, a 18,55 reais. Gafisa teve baixa de 2,8 por cento, saindo a 10,95 reais.
No setor financeiro, Itaú Unibanco retrocedeu 2,18 por cento, para 37,66 reais. Logo atrás, Banco do Brasil cedeu 1,86 por cento, cotada a 30,05 reais.
Os investidores também conferiram notícias de fusões envolvendo empresas nacionais. Em uma mão, fontes informaram à Reuters que a Sara Lee estaria em conversações para ser vendida à JBS, que caiu 1,3 por cento, a 6,91 reais. A companhia brasileira preferiu não comentar sobre a transação, que poderia envolver cerca de 11 bilhões de dólares.
Fora do índice, a Hypermarcas anunciou a compra do laboratório Mantecorp por 2,5 bilhões de reais, o que fez a ação da companhia despencar 6,3 por cento, a 23,10 reais.