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Em dia de baixa liquidez, dólar fica estável no Brasil

O aniversário de São Paulo manteve a principal praça de negócios no Brasil fechada nesta segunda-feira


	Dólar: o aniversário de São Paulo manteve a principal praça de negócios no Brasil fechada
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: o aniversário de São Paulo manteve a principal praça de negócios no Brasil fechada (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 17h09.

São Paulo - Em um dia marcado pela baixa liquidez no mercado brasileiro, em função do feriado em São Paulo, o dólar pouco oscilou ante o real nesta segunda-feira, 25.

Apesar do viés positivo para a moeda americana ante outras divisas de exportadores, em função da queda do petróleo, o dólar à vista fechou muito próximo da estabilidade ante o real, em leve alta de 0,10%, aos R$ 4,1080.

O aniversário de São Paulo manteve a principal praça de negócios no Brasil fechada nesta segunda-feira.

E sem a referência do dólar futuro da BM&FBovespa - o mais líquido e, no limite, o que determina as cotações no mercado à vista -, os bancos que fizeram cotações hoje praticaram o chamado "spread boca de jacaré": venderam a moeda americana a preços mais elevados e a compraram a valores mais baixos que o normal.

Neste ambiente, apenas participantes com mais urgência em fechar operações foram ao mercado.

O giro à vista perto das 17h30 somava US$ 727,7 milhões.

"Considerando o feriado em São Paulo, a pouca movimentação é normal.Lá fora, a queda do petróleo fazia o dólar subir ante várias outras divisas e amanhã veremos se haverá, por aqui, algum tipo de ajuste", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, superintendente regional de câmbio da SLW Corretora. 

Segundo ele, se por um lado o avanço internacional do dólar de hoje pode trazer certo viés positivo para as cotações no Brasil, por outro a moeda americana já subiu bastante por aqui recentemente.

"Tenho dúvidas se ela se mantém acima dos R$ 4,10", disse Corrêa.

Durante a tarde, sem impactos maiores para as cotações, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou um déficit comercial de US$ 156 milhões na terceira semana de janeiro. Foram US$ 2,442 bilhões de exportações líquidas e US$ 2,599 bilhões de importações.

No boletim Focus divulgado pela manhã, a mediana das previsões do mercado para o dólar no fim de 2016 passou de R$ 4,25 para R$ 4,30. Para o fim de 2017, foi de R$ 4,30 para R$ 4,40.

Já o superávit da balança comercial projetado para este ano passou de R$ 35,50 bilhões para R$ 37,45 bilhões e, para o ano que vem, de R$ 38,80 bilhões para R$ 40,00 bilhões.

No exterior, a queda do petróleo em Londres e em Nova York conduzia as ações. Declarações do presidente da Saudi Arabian Oil Co. (Saudi Aramco), Khalid al-Falih, contribuíram para o movimento.

Segundo ele, a petroleira estatal pode resistir aos baixos preços do petróleo "por um longo tempo". A Arábia Saudita tem ajudado a provocar o recuo nos preços do petróleo desde meados de 2014 ao aumentar a produção, e os comentários reiteraram o compromisso do país com essa estratégia.

Neste cenário, perto das 17h20 o dólar avançava ante várias divisas de exportadores de commodities ou emergentes: +0,47% ante o dólar australiano, +0,83% ante o dólar canadense, +0,12% ante o neozelandês, +0,46% ante o rand sul-africano, +0,44% ante a lira turca, +1,03% ante o peso chileno e +0,72% ante o peso mexicano.

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