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Elon Musk terá sucessor na Tesla? Presidente do conselho da empresa responde

Na última quinta-feira, 1º, reportagem do Wall Street Journal declarou que empresa buscava por novo CEO

Elon Musk: insubstituível na Tesla

Elon Musk: insubstituível na Tesla

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 2 de maio de 2025 às 07h12.

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Com vendas em queda e uma série de polêmicas públicas acumuladas, a Tesla voltou aos holofotes na quarta-feira, 1º, após rumores sobre uma possível substituição de Elon Musk na liderança da empresa.

A notícia, publicada pelo Wall Street Journal, forçou o conselho de administração a reagir rapidamente. Em nota oficial à Reuters, Robyn Denholm, presidente do conselho, garantiu que a empresa está “altamente confiante” no CEO.

O momento não é dos mais favoráveis para a Tesla. A companhia amarga quedas significativas nas vendas e lucros, especialmente na Europa, onde a política de Musk e seu apoio a Donald Trump têm sido mal recebidos.

Internamente, o CEO também enfrenta críticas por suas longas ausências e pela mudança de foco da empresa: de montadora de veículos elétricos para uma gigante de inteligência artificial, robótica e robotáxis.

Figura central

Mesmo em meio às críticas, investidores seguem vendo Musk como peça insubstituível. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, cerca de 75% do valor de mercado da Tesla está atrelado à figura de seu CEO — e não ao desempenho atual da empresa.

“É impossível substituí-lo”, afirmou Gene Munster, sócio da Deepwater Asset Management, ouvido pela Reuters. Para Brian Mulberry, da Zacks Investment Management, também ouvido pela agência de notícias, a dificuldade seria “nove em uma escala de dez”.

Há anos, o conselho discute a possibilidade de Musk transferir a gestão do dia a dia a outro executivo, como ocorre na SpaceX. Mas o bilionário tem recusado qualquer modelo de liderança compartilhada. Com 13% das ações da empresa, Musk também permanece como seu maior acionista, o que limita a margem de manobra do conselho.

Saídas estratégicas

Além das pressões externas, a Tesla também sofre com uma renovação acelerada de executivos. Diversos líderes seniores deixaram a companhia no último ano por discordarem da nova direção estratégica. Para investidores como Gary Black, do Future Fund, “não há ninguém dentro da Tesla com as habilidades necessárias para substituir Musk”.

A crise revela uma tensão crescente: enquanto alguns veem o CEO como um gênio visionário, outros questionam se a empresa não seria mais eficiente com uma liderança técnica e estável. Como disse James McRitchie, investidor privado da Tesla: “É uma boa empresa, mas poderia ser muito melhor — e está supervalorizada”.

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