Elon Musk (NurPhoto/Getty Images)
Elon Musk intimou nesta quarta-feira, 3, os bancos de investimento americanos Goldman Sachs (GSGI34) e o JPMorgan Chase (JPMC34) para fornecer informações no processo contra o Twitter (TWTR34).
O homem mais rico do mundo quer que os dois bancos expliquem como aconselharam os executivos do Twitter sobre a proposta de compra da empresa de US$ 44 bilhões.
A intimação do Goldman Sachs e do JPMorgan é a mais recente manobra legal no processo iniciado pelo Twitter após o CEO da Tesla (TSLA34) desistir de comprar a rede social.
Musk alegou que o Twitter violou os termos do acordo, mas a rede social quer forçá-lo a concluir a transação.
O julgamento vai começar em outubro em um tribunal do estado americano de Delaware, especializado nesse tipo de processos.
Nas últimas intimações Musk começou a buscar documentos e comunicações trocados entre o Twitter e os bancos, em particular a análise sobre o desempenho financeiro da rede social e avaliações da empresa.
O Twitter também está buscando informações com bancos, e já intimou as instituições financeiras de Wall Street que emprestaram US$ 13 bilhões para Musk para financiar a operação, além de outras pessoas que participariam da compra.
O Goldman Sachs pode ganhar US$ 80 milhões por assessorar o Twitter na transação, caso ela seja concluída, e apenas US$ 15 milhões se a transação não for realizada.
O JPMorgan deve faturar US$ 53 milhões caso Musk compre de fato a rede social, mas embolsará apenas US$ 5 milhões se Musk renunciar.
Os bancos não são apontados como réus no processo. Entretanto, as intimações aumentam o risco que informações confidenciais ou até embaraçosas possam ser publicadas.
A batalha legal entre Musk e Twitter está se tornando muito dura, com o bilionário que contra-processou a rede social por não ter compartilhado informações suficientes sobre as contas falsas presentes na plataforma.