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Elon Musk: como levantar US$ 43 bi em ‘cash’ para comprar o Twitter

Mesmo para a pessoa mais rica do mundo, US$ 43 bilhões é um preço alto. A oferta com pagamento em dinheiro representa cerca de um sexto de sua fortuna

Bilionário: Musk atualmente tem cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro ou em ativos relativamente líquidos (Creative Commons/Divulgação)

Bilionário: Musk atualmente tem cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro ou em ativos relativamente líquidos (Creative Commons/Divulgação)

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Publicado em 15 de abril de 2022 às 10h15.

Última atualização em 15 de abril de 2022 às 11h37.

Mesmo para a pessoa mais rica do mundo, US$ 43 bilhões é um preço alto. A oferta de Elon Musk para comprar o Twitter com pagamento 100% em dinheiro representa cerca de um sexto de sua fortuna de US$ 259,3 bilhões. Mas a maior parte dessa riqueza está presa à sua participação na Tesla, a montadora de carros elétricos que ele fundou e que subiu de valor de forma acelerada nos últimos dois anos e o elevou ao topo do Bloomberg Billionaires Index.

A compra não é simples, mas Musk tem várias opções de financiamento. Uma delas é vender parte de suas ações da Tesla diretamente. Outra é tomar emprestado no mercado usando as ações como lastro em uma aquisição alavancada, possivelmente com parceiros externos.

Musk atualmente tem cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro ou em ativos relativamente líquidos, depois de gastar US$ 2,6 bilhões para comprar uma participação de 9,1% no Twitter nos últimos meses, segundo cálculos da Bloomberg.

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Para Musk levantar os cerca de US$ 36 bilhões adicionais em dinheiro necessários para comprar o restante do Twitter, seria necessário vender cerca de 36,5 milhões de ações da Tesla, ou mais de um quinto de sua participação. Essa saída, no entanto, poderia levar a uma queda no preço das ações da empresa -- sem mencionar o fato de que poderia levantar questões sobre o comprometimento de seu CEO.

Outra opção na mesa é tomar emprestado contra suas posições na Tesla e na empresa de exploração espacial SpaceX.

“Isso se torna uma oferta hostil de aquisição que vai custar muito dinheiro”, disse Neil Campling, chefe de pesquisa na Mirabaud Equity Research.

Mas mesmo para a pessoa mais rica do mundo, há limites: o índice da Bloomberg estima que ele já tomou emprestado cerca de US$ 20 bilhões contra suas ações, deixando cerca de US$ 35 bilhões teoricamente ainda disponíveis para lastrear novos empréstimos.

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