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Elon Musk afirma que fundo soberano saudita quer tirar Tesla da Bolsa

Na última sexta, Musk foi processado por investidores que o acusaram de ter anunciado a saída da Tesla na Bolsa para prejudicar seus interesses

Elon Musk: No último dia 7, o executivo surpreendeu com o anúncio no Twitter de que estaria considerando retirar a Tesla da Bolsa (Brendan Smialowski/Getty Images)

Elon Musk: No último dia 7, o executivo surpreendeu com o anúncio no Twitter de que estaria considerando retirar a Tesla da Bolsa (Brendan Smialowski/Getty Images)

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EFE

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 14h21.

Última atualização em 13 de julho de 2020 às 13h05.

Washington - O fundador da companhia Tesla, Elon Musk, revelou nesta segunda-feira que se reuniu em 31 de julho com os gestores do fundo soberano da Arábia Saudita para tratar da possível saída da Bolsa de Valores da fabricante de automóveis elétricos.

Musk afirmou em comunicado divulgado no site da Tesla que esteve em contato com o fundo soberano saudita "há dois anos" e que, durante todo este tempo, os sauditas manifestaram seu interesse em tirar a empresa da Bolsa.

"Deixei a reunião de 31 de julho sem dúvidas de que poderia alcançar um acordo com o fundo soberano saudita e que era apenas uma questão de começar o processo. Por isso me referi ao financiamento 'garantido' no anúncio de 7 de agosto", explicou Musk.

O empresário também disse que não acredita que sejam necessários os mais de US$ 70 bilhões apontados por alguns analistas como o número para tirar a Tesla da Bolsa.

Segundo Musk, "dois terços" dos acionistas atuais da Tesla estariam interessados em manter sua participação na companhia uma vez que esta saia da Bolsa.

No último dia 7, Musk surpreendeu com o anúncio no Twitter de que estaria considerando retirar a Tesla da Bolsa e que os fundos necessários para isso, que alguns analistas financeiros estimam em mais de US$ 70 bilhões, estavam "garantidos".

O tweet de Musk causou uma tempestade financeira. As ações de Tesla dispararam de forma imediata, quase 11%, mas, posteriormente, perderam grande parte dos ganhos.

A Comissão do Mercado de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) solicitou à Tesla que informasse se os tweets de Musk eram verídicos e questionou o fato de o anúncio não ter sido realizado em uma comunicação oficial aos mercados e investidores.

Na última sexta-feira, Musk foi processado por investidores que acusaram o multimilionário de ter realizado o anúncio da saída da Tesla na Bolsa para prejudicar os interesses dos chamados "short-sellers", vendedores a descoberto com os quais o empresário mantém uma guerra aberta.

O anúncio também provocou dúvidas entre os analistas de algumas das principais firmas de investimento dos Estados Unidos em relação à total falta de informações por parte de Musk sobre a possível origem dos recursos necessários e sua magnitude.

Hoje Musk justificou o uso das palavras "financiamento garantido" pelos contatos que manteve nos últimos meses com os gestores do fundo soberano saudita e os motivos de ter realizado o anúncio.

"Pra mim era evidente que o correto seria anunciar as minhas intenções de forma pública. Para ser mais claro, quando eu fiz o anúncio público, assim como com este post no blog e em todas as outras discussões que tive sobre este tópico, estou falando por mim como um potencial comprador da Tesla", justificou Musk.

O fundo soberano da Arábia Saudita já possui cerca de 5% das ações da Tesla, segundo Musk.

O fundador da Tesla terminou seu comunicado assinalando que, se finalmente for apresentada uma proposta formal para retirar a companhia da Bolsa, "um comitê especial do conselho da Tesla fará um processo de avaliação apropriado" e, se o conselho aprovar o plano, este será submetido à votação pelos acionistas. EFE

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