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Elite de junk bonds entrega mais retornos com queda de taxas

Investidores tentam se beneficiar dos altos rendimentos dos papéis de empresas como TAM e BMG sem precisar recorrer a títulos de risco mais elevado

TAM: títulos de dívida corporativa brasileiros com as três notas mais altas dentro do grau especulativo ofereceram retorno de 9,3% este ano (Alejandro Ruiz/Airliners.net)

TAM: títulos de dívida corporativa brasileiros com as três notas mais altas dentro do grau especulativo ofereceram retorno de 9,3% este ano (Alejandro Ruiz/Airliners.net)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2012 às 10h24.

Nova York - Um grupo de companhias liderado por TAM SA e Banco BMG SA está recompensando o mercado de dívida com os melhores retornos do país. Investidores tentam se beneficiar dos altos rendimentos dos papéis dessas empresas sem precisar recorrer a títulos de risco mais elevado.

Títulos de dívida corporativa brasileiros com as três notas mais altas dentro do grau especulativo ofereceram retorno de 9,3 por cento este ano, superando o ganho de 7,3 por cento dos papéis com as notas mais altas no País, segundo dados do Credit Suisse Group AG. Os papéis com notas abaixo de B+ pela Standard & Poor’s caíram 2 por cento em 2012. Os junk bonds brasileiros de notas mais altas também batem o ganho de 8,3 por cento dos papéis globais de notas de risco similares, segundo dados do Bank of America Corp.

Investidores estão procurando elevar seus ganhos em meio a especulações de que autoridades em todo o mundo vão redobrar esforços para estimular as economias, o que derruba para mínimas históricas os rendimentos dos títulos do Tesouro americano e de papéis com grau de investimento. A disparada dos títulos com vencimento em 2016 da Vale SA, empresa brasileira com melhor nota de crédito, baixou a taxa para 2,44 por cento na semana passada, um recorde. A intervenção no Banco Cruzeiro do Sul SA e o calote da Centrais Elétricas do Pará SA fizeram investidores evitar papéis com grau especulativo.

“O mercado ainda está procurando rendimento e ele não está mais nos papéis de notas de crédito mais elevadas”, disse Marco Aurélio de Sá, diretor do Credit Agricole Securities, em entrevista no escritório da Bloomberg, em Nova York. “São bons nomes, mas estão caros. Em busca de rendimento, investidores ainda procuram pelas empresas com resultados confiáveis e capacidade de honrar as dívidas.”

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