ELETROPAULO: governo inclui no Programa Nacional de Desestatização (PND) sua participação acionária na Eletropaulo / Eletropaulo | Divulgação (Eletropaulo/Divulgação)
Tais Laporta
Publicado em 27 de junho de 2019 às 13h00.
Última atualização em 27 de junho de 2019 às 17h04.
O fechamento de capital da distribuidora de energia paulista Eletropaulo agradou os investidores. As ações chegaram a disparar mais de 40% na manhã desta quarta-feira, 27, negociadas a quase 48 reais cada. Sua controladora, a italiana Enel, anunciou mais cedo que fará uma nova oferta pública de aquisição (OPA) para todas ações da empresa que não estão em suas mãos.
Em junho do ano passado, a Enel adquiriu cerca de 73% das ações da Eletropaulo por cerca de 45 reais cada. À época, agentes do setor avaliaram que o investimento já era superior ao valor de mercado da distribuidora de energia. "Aos poucos, a Enel está provando que seus planos para a Eletropaulo são, de fato, bons e que podem ser melhores ainda com o fechamento de capital da companhia", afirma Thais Prandini, diretora executiva da Thymos Consultoria especializada em energia.
A Eletropaulo atende à capital e a maior parte da Grande São Paulo. A Enel é vista no mercado como uma das grandes promessas do setor, principalmente na geração de renováveis.
A oferta pública, destinada às 8,13 milhões de ações em circulação da elétrica, ou 4,05% do capital total, envolverá um preço por papel de R$ 48,28, acrescentou a Enel no comunicado, divulgado na noite de quarta-feira, 26.
A Enel Brasil disse que contratou o banco BTG Pactual como instituição intermediária da oferta e a PricewaterhouseCoopers para elaboração do laudo de avaliação das ações.
Por volta das 13h, os papéis da elétrica subiam 33%, a 45,60 reais, ultrapassando o pico alcançado em junho do ano passado.
Em meio ao anúncio da oferta, a Enel também disse que protocolou um pedido para cancelar o registro de companhia aberta da Eletropaulo junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sob a categoria "A", que permite a negociação de ações, convertendo-o para classe "B".
"Após a conclusão da oferta a companhia deixará o segmento especial de listagem da B3 denominado Novo Mercado em decorrência da efetivação da conversão de registro", explicou a empresa.
A empresa acrescentou que a realização da oferta ainda está sujeita à aprovação do pedido de seu registro junto à CVM e de outras condições estabelecidas em edital, que será publicado "oportunamente".