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Eletrobras e governo pedem nova prorrogação de conciliação ao STF

Com pedido, acordo fica para 2025

Sede da Eletrobras, no Rio (Reprodução/Shutterstock)

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Agência o Globo
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Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 20h58.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Eletrobras pediram nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais 60 dias da conciliação sobre a participação do governo federal na companhia. Esta é a segunda vez que uma extensão da conciliação é pleiteada na Corte. O prazo terminava neste mês.

Na petição, o governo e os representantes da Eletrobras afirmam que as tratativas avançaram de forma consensual e estão, neste momento, em estágio conclusivo no âmbito da Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF), órgão da AGU.

AGU e Eletrobras alegam que o prazo adicional é necessário para a elaboração do termo de conciliação, cuja eficácia dependerá de autorizações legais e regulamentares pela União, da aprovação dos seus termos pela Assembleia Geral Extraordinária dos acionistas da Eletrobrás (momento em que a União e os acionistas a ela vinculados se absterão de votar) e, por fim, da homologação posterior pelo STF.

“Tal dinâmica negocial tem o propósito de garantir uma solução juridicamente segura, conclusiva e que atenda aos melhores princípios do direito e dos interesses público e privado em questão”, destaca trecho do documento encaminhado ao ministro Nunes Marques.

Ao pedirem o aumento do prazo, tanto AGU quanto Eletrobras se comprometem a mandar o termo de conciliação perante o Supremo Tribunal Federal até fevereiro de 2025 antes da Assembleia Geral Ordinária da Eletrobras que elegerá a nova composição dos seus conselhos de administração e fiscal.

O caso envolve a constitucionalidade de parte da Lei 14.182/2021, norma que autorizou a privatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

No ano passado, a AGU entrou com uma ação no Supremo para requerer a suspensão da norma. Segundo o órgão, o modelo criado pela privatização da companhia reduziu a participação da União nas votações do conselho da empresa.

A lei proibiu que acionista ou grupo de acionistas exerçam poder de voto maior que 10% da quantidade de ações. O objetivo da ação não é reestatizar a Eletrobras, mas resguardar o interesse público e os direitos de propriedade da União, segundo a AGU.

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