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Eleições gregas não devem afetar o mercado, dizem analistas

Efeito das eleições parlamentares na Grécia será amortecido pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro, segundo especialistas


	Grécia: efeito das eleições parlamentares no país será limitado pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro
 (Francois Lenoir/Reuters)

Grécia: efeito das eleições parlamentares no país será limitado pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro (Francois Lenoir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 13h39.

Atenas - Enquanto os gregos participam de eleições parlamentares neste domingo, investidores se preparam para maior volatilidade nos mercados.

Entretanto, alguns analistas afirmam que o impacto do resultado deve ser reduzido. Apesar de ser extremamente importante para o futuro da Grécia, seu efeito será amortecido pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro e pelo programa de estímulos conhecido como relaxamento quantitativo (QE) anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) na última quinta-feira, afirmou Lucy O'Carroll, economista da Aberdeen Asset Management.

Analistas do AXA Investment Management disseram que os mercados podem ser mais voláteis após a eleição. "A incerteza causada pelas negociações entre a Grécia e os credores internacionais deve pesar sobre ativos de risco, pelo menos na zona do euro". No entanto, eles completam que mesmo que o partido esquerdista Syriza seja vitorioso, as eleições na Grécia devem ter efeito apenas "marginal".

Os mercados na Europa ainda estão digerindo o impacto do anúncio do BCE do programa de relaxamento quantitativo. Além disso, o Banco Central da Suíça (SNB, na sigla em inglês) surpreendeu ao remover o limite para as cotações do franco suíço em relação ao euro. De acordo com os analistas, esses fatos ainda têm efeito nos mercados.

Nos últimos dois anos desde que o governo grego entrou em crise, os bancos europeus reduziram sua exposição aos bancos do país. Os mercados ainda exigem juros de 10% em empréstimos de dois anos e meio à Grécia, uma vez que investidores cobram mais para emprestar a curto prazo quando estão preocupados com a perspectiva de um default.

Os mercados não devem eliminar a possibilidade de algum contágio da Grécia, afirmou Peter Westaway, economista-chefe da Vanguard Asset Management. "A Grécia ainda está debilitada, mas há uma visão de que o país está completamente fora do radar", explica ele.

Pesquisas de opinião divulgadas na sexta-feira indicam que o Syriza deve conquistar a maioria dos votos, sem, no entanto, obter a maioria parlamentar, o que vai obrigá-lo a fazer alianças para formar um governo de coalizão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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