Para 2026, o BBA projeta receita líquida de R$ 9,818 bilhões para a Hypera (HYPE3)
Redação Exame
Publicado em 18 de junho de 2025 às 11h04.
Ainda que as ações da Hypera (HYPE3) tenham subido mais que o Ibovespa no acumulado de 2025 até agora, o Itaú BBA elevou a classificação do papel para outperform, o equivalente a recomendação de compra. Os analistas acreditam que o valuation da farmacêutica ainda está descontado e avalia que a empresa está em um momento de recuperação de resultados. Um impulso importante deve vir da semaglutida, princípio ativo do Ozempic. A Novo Nordisk perderá a patente exclusiva da semaglutida em março do ano que vem.
Substâncias que emulam o GLP-1, substância produzida naturalmente pelo intestino, como semaglutida e liraglutida, já movimentam R$ 4 bilhões anualmente no varejo brasileiro, aponta o BBA.
Pelos cálculos do BBA, um genérico do Ozempic tende, por si só, a adicionar 5% no Ebitda da companhia em 2027. A combinação desses fatores cria um atrativo ponto de entrada para HYP3, diz o relatório assinado por Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio.
Além de elevar a classificação do papel, a equipe também aumentou seu preço-alvo, de R$ 21 para R$ 35. O valor representa um upside de 26% em relação ao fechamento de ontem.
O BBA reconhece que, nos últimos trimestres, os resultados de Hypera decepcionaram, ficando abaixo de outros pares do setor farmacêutico. Um índice do Itaú que acompanha o setor, porém, mostra uma aceleração de transações no segundo trimestre deste ano. Isso aponta para uma melhora de expectativa de receita e rentabilidade para Hypera.
Para 2026, o BBA projeta receita líquida de R$ 9,818 bilhões para a farmacêutica.
Às 10h30, as ações da Hypera subiam mais de 1%, a R$ 28,10.