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Economistas e operadores divergem sobre rumo dos juros

Alguns esperam que o Banco Central aumente a Selic a partir de março. Barclays, Bilbao e ING discordam dessa análise


	Outra possibilidade: o Copom deve esperar até 2014 para começar a reverter a maior redução de juros do Grupo dos 20
 (Agência Brasil)

Outra possibilidade: o Copom deve esperar até 2014 para começar a reverter a maior redução de juros do Grupo dos 20 (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 11h10.

Brasília - Operadores do mercado de juros estão reforçando apostas de que o Banco Central pode elevar a taxa básica de juros de sua mínima histórica a partir de março. Barclays Plc, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA e ING Groep NV discordam.

As taxas dos contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2014 suibram 4 pontos-base, ou 0,04 ponto percentual, para 7,93 por cento, ontem, depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 acumulou alta de 5,37 por cento nos 12 meses até meados de agosto. Os contratos indicam que o Comitê de Política Monetária começará a elevar a Selic em 0,25 ponto percentual em março, depois de levá-la à mínima histórica de 7,25 por cento ao ano até outubro. BBVA, Barclays e ING dizem que o BC manterá a taxa em sua mínima histórica até pelo menos outubro de 2013.

O Copom deve esperar até 2014 para começar a reverter a maior redução de juros do Grupo dos 20, pois a recuperação econômica do ano que vem não será forte o suficiente para elevar a inflação para acima do teto da meta, de 6,5 por cento ao ano, disse o BBVA, segundo colocado entre as instituições que mais acertam as projeções, segundo dados compilados pela Bloomberg. Mesmo após o BC ter cortado os juros em 4,5 pontos percentuais desde agosto, para a atual taxa e mínima histórica de 8 por cento para reativar a economia, o Brasil ainda tem a maior taxa de juros reais do G-20 depois da China.

“O BC quer aceitar uma inflação maior, desde que fique abaixo do teto da meta”, disse Enestor dos Santos, economista do BBVA, em entrevista por telefone de Madri. “Como o Produto Interno Bruto continuará abaixo do seu potencial, a pressão de demanda na inflação não será tão grande e o Banco Central se sentirá confortável para manter os juros inalterados.”

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