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Economistas do BofA preveem recessão leve nos EUA neste ano

Os economistas do BofA esperam que o PIB dos EUA no quarto trimestre caia 1,4% em relação ao ano anterior

Recessão: inflação de alimentos e de energia que deixa as famílias com menos disponibilidade para compras discricionárias, e condições financeiras mais apertadas (reuters/Reuters)

Recessão: inflação de alimentos e de energia que deixa as famílias com menos disponibilidade para compras discricionárias, e condições financeiras mais apertadas (reuters/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 13 de julho de 2022 às 14h20.

Última atualização em 13 de julho de 2022 às 15h02.

Economistas do Bank of America preveem uma “recessão leve neste ano” nos Estados Unidos, com gastos com serviços em queda e inflação alta que leva os consumidores a recuar.

“Várias forças coincidiram para desacelerar o ímpeto econômico mais rapidamente do que esperávamos”, disseram analistas liderados por Michael Gapen, que recentemente ingressou no banco como economista-chefe para EUA. Isso inclui inflação de alimentos e energia que deixam as famílias com menos disponibilidade para compras discricionárias, e condições financeiras mais apertadas, com taxas de financiamento imobiliário mais altas.

O BofA se une ao Wells Fargo e à Nomura na expectativa de recessão já em 2022. Economistas do Deutsche Bank, um dos primeiros grandes bancos a prever uma contração, esperam uma a partir de meados de 2023.

Os economistas do BofA esperam que o PIB dos EUA no quarto trimestre caia 1,4% em relação ao ano anterior, seguido por um aumento de 1% em 2023. Isso deve aumentar a taxa de desemprego em 1 ponto percentual para cerca de 4,6%, o que ajudará a moderar a inflação. Um relatório do governo americano divulgado na quarta-feira mostrou alta anual do índice de preços ao consumidor de 9,1%, o maior ganho desde o final de 1981.

As previsões dos economistas do BofA colocam a inflação amplamente alinhada com a meta de 2% do Federal Reserve até o final de 2024.

Os números de inflação em brasa manterão as autoridades do Fed em uma trajetória de política monetária agressiva para conter a demanda e aumentarão a pressão sobre o presidente Joe Biden e os democratas no Congresso, cujo apoio tem afundado antes das eleições de meio de mandato em novembro.

O Fed elevou juros em 0,75 ponto percentual no mês passado — a maior alta desde 1994 — e a maioria dos dirigentes do BC americano já sinalizou que outro aumento da mesma magnitude está na mesa para o final deste mês.

Os economistas do BofA esperam que o Fed eleve a meta da taxa dos fundos federais para 3,25%-3,5% até o final do ano, incluindo outro aumento de 0,75 na reunião deste mês.

“Achamos que o Fed analisará os dados do mercado de trabalho e os dados de inflação e concluirá que precisa continuar se movendo rapidamente”, disse Gapen em entrevista a Jonathan Ferro na Bloomberg Television na quarta-feira.

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