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É ou não é bolha? Para o Goldman Sachs, a alta da IA está apenas no começo

Goldman Sachs acredita que, apesar das preocupações, o investimento em inteligência artificial está apenas começando e pode impulsionar a economia global em trilhões

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 06h09.

Para o Goldman Sachs (GS), o crescimento da inteligência artificial (IA) ainda está em seus estágios iniciais, e os investimentos na área são relativamente modestos quando comparados aos ganhos econômicos de longo prazo que a tecnologia pode gerar.

Apesar das preocupações sobre uma possível bolha, os analistas do banco defendem que os níveis atuais de investimento são justificáveis, tendo em vista o impacto significativo que a IA pode ter no futuro.

O Goldman Sachs estima que a adoção em larga escala da IA poderia adicionar até US$ 20 trilhões à economia dos Estados Unidos, com cerca de US$ 8 trilhões destinados a empresas como receita de capital. A firma também projeta que a automação de processos impulsionada pela IA pode resultar em um aumento de 15% na produtividade do trabalho nos EUA ao longo de uma década.

Embora os investimentos em chips, servidores e data centers estejam batendo recordes, o Goldman Sachs observa que o investimento em IA ainda é pequeno em relação a outras grandes revoluções tecnológicas.

Nos Estados Unidos, o valor investido em IA representa menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto outras inovações, como a expansão ferroviária e a bolha da internet, chegaram a representar entre 2% e 5% do PIB. Para 2025, o banco projeta um gasto anual de US$ 300 bilhões com IA, um valor considerado adequado pelo Goldman para os potenciais retornos da tecnologia.

Desafios para os primeiros investidores em IA

Embora o banco veja grandes perspectivas para a tecnologia, também há desafios. Os analistas reconhecem que a rápida obsolescência dos hardwares e a pressão de custos podem prejudicar os primeiros investidores.

Exemplos históricos, como o setor ferroviário e de telecomunicações, segundo o Goldman, demonstram que os investidores mais tarde podem obter melhores retornos ao adquirir ativos a preços mais baixos após uma fase de sobreinvestimento inicial.

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