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É hora de começar a vender ativos de risco, diz BofA

BofA recomenda vender ativos em meio a forte otimismo do mercado

Bolsa: pesquisa mensal registrou forte aumento do otimismo de investidores em relação às ações (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: pesquisa mensal registrou forte aumento do otimismo de investidores em relação às ações (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 17 de novembro de 2020 às 11h55.

Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 12h39.

(Bloomberg) -- O otimismo de gestores que administram US$ 526 bilhões está no maior nível deste ano, após o resultado das eleições nos EUA e avanços da vacina contra a Covid. Com isso, estrategistas do Bank of America dizem que é hora de começar a vender ativos de risco.

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A pesquisa mensal, realizada de 6 a 12 de novembro, registrou forte aumento do otimismo de investidores em relação às ações. A alocação no segmento aumentou para o nível mais alto desde janeiro de 2018. Posições em dinheiro caíram para o patamar mais baixo desde abril de 2015, enquanto as expectativas de crescimento econômico subiram para o nível mais alto em 20 anos. Investidores compraram ativos mais voláteis, como de pequena capitalização, de valor, bancos e ações de mercados emergentes, enquanto se afastaram de títulos e do segmento de consumo básico.

A pesquisa do BofA confirma o bom humor do mercado desde que Joe Biden venceu a corrida presidencial dos EUA e depois de resultados promissores para uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, que aumentaram o apetite por ações no mundo todo. Mas, com o S&P 500 em nível recorde, gestores enfrentam um momento de acerto de contas entre realizar lucros ou permanecerem investidos para talvez obter ainda mais retornos.

“A rotação da reabertura pode continuar no quarto trimestre, mas dizemos ‘venda a vacina’ nas próximas semanas ou meses, pois achamos que estamos perto do ‘full bull’”, disseram estrategistas do BofA liderados por Michael Hartnett em relatório na terça-feira, em referência ao pico do mercado altista.

As alocações em ações em novembro subiram para uma posição líquida de 46% overweight, perto de “altista extremo”, de acordo com o BofA. Hedge funds também mantiveram alta exposição às ações, em 41%.

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Entre os investidores pesquisados, 91% esperam que a economia se fortaleça nos próximos 12 meses, e 66% acreditam que o crescimento global está em uma fase de ciclo inicial, em oposição a uma recessão. A última vez que gestores estavam tão otimistas sobre as expectativas de lucros globais foi em 2002.

Embora a segunda onda de Covid-19 continue sendo o maior risco de cauda, os gestores pesquisados pelo BofA agora esperam que uma vacina contra o vírus confiável seja anunciada em meados de janeiro de 2021, em comparação com as apostas do mês passado que indicavam meados de fevereiro. A pesquisa global do BofA incluiu 190 gestores.

Entre ativos que investidores esperam desempenho positivo no próximo ano, mercados emergentes, o índice S&P 500 e o petróleo lideram a lista. A exposição aos mercados emergentes está aumentando: 36% dos investidores estão overweight em ações emergentes, o que torna a região a preferida da pesquisa, enquanto a maior proporção dos pesquisados já registrada disse que as moedas de mercados emergentes estão subvalorizadas.

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