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Draghi divulgará plano de títulos após BCE manter juros

Os investidores querem ouvir como o Banco Central Europeu começará o novo programa de compra de títulos para ajudar a diminuir os custos da Espanha e da Itália


	Espera-se que Draghi dê detalhes suficientes do plano para cumprir sua promessa feita em 26 de julho de fazer "o que for preciso" para preservar o euro
 (Alex Domanski/Reuters)

Espera-se que Draghi dê detalhes suficientes do plano para cumprir sua promessa feita em 26 de julho de fazer "o que for preciso" para preservar o euro (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 09h36.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, enfrenta o momento mais decisivo de sua presidência nesta quinta-feira, quando buscará cumprir sua promessa de salvar o euro com um plano de compra de títulos --o principal foco de uma reunião de política em que as taxas de juros foram mantidas.

Os investidores querem ouvir como o BCE começará o novo programa de compra de títulos para ajudar a diminuir os custos de empréstimo da Espanha e da Itália, depois que desacordos entre autoridades bancárias sobre o plano foram colocadas em público na semana passada.

"Um corte nos juros teria sido compreensível, dados os fracos dados econômicos, mas claramente o BCE quer enfrentar o principal risco primeiro, o risco de convertibilidade, o qual o BCE tentará atacar com um programa de compra de ativos, se os governos pactuarem", afirmou o economista-chefe do HSBC Trinkaus, Stefan Schilbe.

Os investidores estão esperando que Draghi dê detalhes suficientes do plano para cumprir sua promessa feita em 26 de julho de fazer "o que for preciso" para preservar o euro, quando ele falará após a reunião do Conselho de Administração.

Com o plano de compra de ativos sendo o foco da reunião desta quinta-feira, o Conselho de Administração do BCE manteve as taxas de juros, deixando sua principal taxa de juros inalterada em 0,75 por cento, guardando munição depois que uma aceleração da inflação no mês passado compensou a pressão para dar vida à fraca economia da zona do euro por meio da diminuição dos custos de empréstimo.

A inflação anual na zona do euro acelerou para 2,6 por cento em agosto ante 2,4 por cento em julho, um resultado mais forte do que o esperado e acima da meta do BCE de pouco abaixo de 2 por cento.

O BCE também manteve a taxa de depósito em 0,0 por cento --uma mínima estabelecida pela primeira vez em julho para encorajar os bancos a fazer empréstimos overnight para outros bancos, com a qual eles recebem uma taxa de juros maior, atualmente em cerca de 0,1 por cento.

O BCE manteve sua taxa de empréstimos --ou taxa de empréstimo de emergência-- em 1,50 por cento.

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