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Bolsas de NY sobem monitorando dados dos EUA com balanços e Otan no radar

No campo político, os investidores aguardam novidades da reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,58%, aos 24.919,46 pontos (Brendan Mcdermid/Reuters)

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,58%, aos 24.919,46 pontos (Brendan Mcdermid/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2018 às 17h52.

Última atualização em 10 de julho de 2018 às 19h13.

São Paulo - Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta terça-feira, 10, em alta, à medida que os investidores monitoraram dados acima do previsto da economia americana, enquanto aguardam por balanços e por mais indicadores da atividade econômica nos Estados Unidos.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,58%, aos 24.919,46 pontos; o S&P 500 subiu 0,35%, aos 2.793,83 pontos; e o Nasdaq subiu 0,04%, aos 7.759,20 pontos.

Em um dia sem grandes novidades no front político e no econômico, investidores monitoraram indicadores da economia americana. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o número de vagas abertas em solo americano caiu do nível recorde de 6,840 milhões em abril para 6,638 milhões em maio, como aponta o relatório sobre empregos JOLTS. O resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado por analistas consultados pela Trading Economics, que projetavam 6,7 milhões de postos abertos em maio.

Mesmo com recuo, o relatório JOLTS mostra a economia americana robusta. Os ganhos aos mercados acionários foram proporcionados, ainda, com a expectativa de que, mesmo com o aperto no mercado de trabalho, a inflação salarial não irá saltar. Segundo o relatório de empregos (payroll) americano, o salário médio por hora avançou 2,7% na comparação anual de junho, abaixo da meta informal de 3% do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No campo político, os investidores aguardam novidades da reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas. Em seu perfil no Twitter, Trump voltou a criticar os aliados da organização, ao dizer que vários integrantes da aliança "não apenas estão abaixo de seu compromisso de gastos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa", o que, para ele, "já é baixo", mas ainda teriam deixado de pagar por vários anos o combinado. "Eles irão reembolsar os EUA?", questionou o republicano. Em Bruxelas, é esperado que Trump se reúna com os líderes europeus para tratar sobre as relações comerciais entre os EUA e a União Europeia (UE).

No noticiário corporativo, pesou nos papéis de bancos a notícia de que os senadores democratas Sherrod Brown e Elizabeth Warren questionaram o Fed pelo tratamento dado ao Goldman Sachs (-0,50%) e ao Morgan Stanley (-0,64%) em testes de estresse recentes realizados pela autoridade monetária dos EUA. O subíndice financeiro do S&P 500 encerrou o dia em baixa de 0,37%, aos 451,21 pontos, enquanto outros bancos também apresentaram perdas, como o Citigroup (-1,03%) e o JPMorgan (-0,62%).

A temporada de balanços referente ao segundo trimestre tem início esta semana. A Pepsico informou que teve lucro líquido de US$ 1,82 bilhão no segundo trimestre deste ano, um resultado 14% menor do que o visto no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, os resultados ficaram acima do esperado por analistas e fizeram com que os papéis da companhia fechassem com ganho de 4,76%. Citigroup, JPMorgan e Wells Fargo divulgam resultados na sexta-feira.

Entre as techs, pesou a notícia de que o Facebook (-0,59%) está testando anúncios em realidade aumentada em seu feed de notícias nos EUA. Concorrentes diretos, como Snap (-2,49%) e Twitter (-0,88%), apresentaram perdas. Já o Google viu suas ações encerrarem o dia em queda de 0,01%, após o Wall Street Journal informar, por fontes, que a Comissão Europeia prepara uma nova rodada de multas contra a Alphabet.

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