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Doritos, Lipton e Lay's: resultado da PepsiCo ressalta economia do snack

Uma das maiores companhias de alimentos industrializados do mundo divulga números trimestrais com expectativa de alta nas vendas de salgadinhos e biscoitos

Salgadinhos de batata Lay's ajudam a puxar as vendas da PepsiCo (Pepsico/Divulgação)

Salgadinhos de batata Lay's ajudam a puxar as vendas da PepsiCo (Pepsico/Divulgação)

MS

Marcelo Sakate

Publicado em 1 de outubro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 1 de outubro de 2020 às 06h14.

A PepsiCo, dona de marcas como o refrigerante de mesmo nome, Doritos, Lay's, Ruffles, Lipton, Gatorade, divulga nesta quinta-feira, 1º de outubro, pela manhã os resultados do seu terceiro trimestre fiscal. Os números da gigante americana servirão como um aperitivo para quem busca saber o ritmo de retomada da indústria de alimentos.

A companhia surpreendeu no segundo trimestre graças ao desempenho de salgadinhos e alimentos à base de aveia, enquanto o segmento de bebidas foi mais afetado.

É uma equação que alimenta uma expectativa consensual de analistas de que as receitas tenham ficado praticamente estáveis no terceiro trimestre na comparação anual, enquanto o lucro por ação teve uma pequena queda, uma vez que muitos canais de venda no varejo se normalizaram. Nos dois casos, seriam patamares melhores do que no período anterior.

Os resultados sólidos, na avaliação de analistas, dão sustentação ao desempenho das ações: a valorização é superior a 30% desde março.

No segundo trimestre, a Frito-Lay North America, a divisão que engloba salgadinhos como Doritos, Ruffles, Lay's e Cheetos, deu um sinal de resiliência com crescimento de 7% nas receitas. Foi um reflexo do aumento do consumo de snacks em casa no auge das medidas de quarentena, que deixaram as pessoas em tempo praticamente integral em casa. A tradicional Quaker Foods teve um salto ainda mais expressivo, de 23%, uma vez que alimentos à base de aveia passaram a ser mais consumidos em lares americanos no café da manhã.

Já o segmento de bebidas, que inclui refrigerantes e sucos, não teve a mesma sorte: as receitas no mercado da América do Norte caíram 7% no segundo trimestre, uma vez que esse consumo é muito dependente de restaurantes, bares, cinemas e arenas esportivas, que tiveram que fechar as portas. A reabertura gradual de restaurantes e bares nos três últimos meses, no entanto, dá sustentação às expectativas de recuperação nas vendas.

No Brasil, as receitas subiram 7% no segundo trimestre, puxadas pela busca do comfort food: o alimento que traz uma sensação de conforto em momentos difíceis como a pandemia.

A PepsiCo aposta para os próximos meses em uma bebida que pretende ajudar as pessoas a dormir e a amenizar o estresse: a Driftwell, nome da bebida, vai conter 200 miligramas de L-teanina, um aminoácido com propriedades relaxantes. A bebida deve chegar ao mercado americano em dezembro, sem previsão para o Brasil.

 

 

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