Na terça moeda americana caiu 0,41% e fechou o dia no menor valor desde novembro de 2024, a R$ 5,675. (Designed by/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 09h53.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2025 às 17h13.
Após várias quedas consecutivas, o dólar fechou com alta de 0,66% nesta quarta-feira, 19, cotado a R$ 5,726 às 17h00.
À tarde, o Federal Reserve divulgou a ata da primeira reunião do ano, realizada em 29 de janeiro. Dirigentes do Fed sinalizaram que os indicadores recentes mostram que a atividade econômica dos Estados Unidos segue em "ritmo sólido". As condições de trabalho no país também seguiram sólidas, com a taxa de desemprego em baixa.
Diante do risco de oscilações mais fortes nas reservas bancárias nos próximos meses, o documento diz poder ser "apropriado considerar pausar ou desacelerar a redução do balanço patrimonial até a resolução desse evento". O presidente dos EUA, Donald Trump, tem defendido abertamente a elevação ou extinção do teto da dívida americana.
Por aqui, a temporada de balanço e o cenário político estão no radar e podem interferir no dólar. Sobretudo depois que a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia formal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado na noite de ontem.
Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão: