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Dólar volta a recuar e fecha em R$ 3,70 com alívio no exterior

Moeda norte-americana recuou 1,15%, a R$ 3,7033 na venda

Dólar: moeda tinha valorizado 1,6% nos dois últimos pregões sobretudo em função da aversão ao risco no exterior e o recuo das bolsas norte-americanas (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: moeda tinha valorizado 1,6% nos dois últimos pregões sobretudo em função da aversão ao risco no exterior e o recuo das bolsas norte-americanas (Sertac Kayar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 17h18.

Última atualização em 25 de outubro de 2018 às 17h26.

São Paulo - Após dois pregões seguidos de valorização, o dólar terminou a quinta-feira, 25, em baixa ante o real ajudado pelo alívio na aversão ao risco externa, que na véspera fez a moeda voltar a encostar em 3,75 reais, enquanto os investidores aguardavam a divulgação de mais uma pesquisa de intenção de votos à Presidência da República.

O dólar recuou 1,15 por cento, a 3,7033 reais na venda, depois de acumular valorização de 1,60 por cento nos dois últimos pregões. Na mínima, a moeda foi a 3,6818 reais e, na máxima, a 3,7349 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,80 por cento.

"À espera do segundo turno, o dólar vinha oscilando entre 3,68-3,72 reais e, hoje, voltou para esses níveis, depois de ter fugido na véspera com a forte aversão ao risco global. Voltou ao normal", comentou o gerente de câmbio da corretora Ourominas, Mauriciano Cavalcante. A seu ver, confirmada a eleição de Bolsonaro no próximo domingo, há espaço para o dólar cair um pouco mais, buscar os 3,60 reais.

Nesta quinta-feira, nova pesquisa de intenção de votos do Datafolha será divulgada após o fechamento do mercado, do Datafolha, e, a menos que alguma novidade muito grande surja dos números, não deve impactar nos preços. Os investidores já estão de olho no pós-eleição, no futuro governo do capitão da reserva e, sobretudo, como ele vai endereçar as questões para ajustar o tamanho do estado.

No exterior, depois do tombo da véspera, as bolsas norte-americanas se recuperaram nesta sessão, ajudando a aliviar a tensão que predominava nos ativos. Os problemas que azedaram o humor dos investidores, entretanto, permaneciam sem solução, como a questão do crescimento da China, orçamento italiano, Brexit e, ainda, o isolamento da Arábia Saudita.

"A realização de lucros perde força no contexto internacional, dadas as oportunidades surgidas com as fortes quedas dos últimos dias, porém isso não significa que esteja decretado o fim da correção", comentou logo cedo o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, em relatório. Essas preocupações ganharam na véspera ainda o reforço com o envio de pacotes com supostos explosivos a lideranças democratas, a poucos dias das eleições parlamentares nos Estados Unidos, o que amplificou a fuga do risco na quarta-feira.

Há ainda cautela com a trajetória dos juros norte-americanos. Os dados da economia do país têm vindo robustos, como os da encomendas de bens duráveis e de vendas pendentes de moradias, mas os números das empresas têm mostrado já alguma pressão de custos após as tarifas impostas pelos Estados Unidos na guerra comercial com outros parceiros, o que pode aliviar o aperto monetário do Federal Reserve, banco central do país.

Os investidores também especulam se os mercados acionários fracos poderiam inviabilizar os planos de o Fed continuar a aumentar os juros. O dólar lá fora subia ante a cesta de moedas, mas caía ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.

O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 6,93 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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