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Dólar volta a R$3,15 com receios sobre reforma da Previdência

O governo continuou atuando nos bastidores para garantir a aprovação das reformas, com foco para a da Previdência

Dólar: o Banco Central vendeu, pelo sexto pregão seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional (roberthyrons/Thinkstock)

Dólar: o Banco Central vendeu, pelo sexto pregão seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional (roberthyrons/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2017 às 17h21.

Última atualização em 25 de abril de 2017 às 17h21.

São Paulo - O dólar encerrou a terça-feira em alta, retornando ao nível de 3,15 reais, com os investidores temerosos que a reforma da Previdência possa não ser aprovada no Congresso Nacional após o PSB, partido da base governista, fechar questão contra a medida.

O dólar avançou 0,79 por cento, a 3,1515 reais na venda, depois de atingir 3,1705 reais na máxima da sessão, maior nível intradia desde 31 de março passado (3,1792 reais).

O dólar futuro subia cerca de 0,7 por cento no final da tarde.

"O receio é de que outras siglas governistas sigam o mesmo exemplo", afirmou a Advanced Corretora em relatório.

Na noite passada, o PSB, partido da base do governo do presidente Michel Temer e que está à frente do Ministério de Minas e Energia com Fernando Coelho Filho, decidiu se posicionar contra as reformas trabalhista e da Previdência. A legenda tem bancada de 35 deputados federais.

"O mercado ainda não jogou a toalha porque acredita na articulação do presidente Michel Temer e que ele vai conseguir aprovar os textos", afirmou um profissional de uma corretora local.

O governo continuou atuando nos bastidores para garantir a aprovação das reformas, com foco para a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

Temer decidiu exonerar seus ministros com mandato de deputado quando for marcada a votação da Previdência e, pelo menos por enquanto, manter o ministro do PSB e trabalhar com a parte da bancada socialista que diz apoiar as reformas.

A alta do dólar ante o real também foi justificada pelo início da briga pela formação da Ptax --taxa do Banco Central que baliza vários contratos cambiais.

"Quem quer montar posição, começa a brigar dias antes", afirmou o gerente de operações da B&T Corretora, Marcos Trabbold.

O Banco Central vendeu, pelo sexto pregão seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em maio. Dessa forma, já rolou 4,8 bilhões de dólares do total de 6,389 bilhões de dólares.

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