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Dólar fura R$ 3,60 com Bolsonaro presidente

Movimento ocorre em meio ao recuo do dólar ante outras moedas emergentes, num dia de bom humor no exterior

O dólar abriu com forte queda ante o real nesta segunda-feira (Yekorzh/Thinkstock)

O dólar abriu com forte queda ante o real nesta segunda-feira (Yekorzh/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de outubro de 2018 às 09h20.

Última atualização em 29 de outubro de 2018 às 10h33.

São Paulo - São Paulo - Com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência do País, o mercado local amplia a desmontagem de posições cambiais, que enfraquece mais o dólar ante o real. Por volta das 9h15 desta segunda-feira, 29, o ajuste de baixa começou a perder força e a moeda americana renovou máximas acima dos R$ 3,61, ante mínimas no patamar de R$ 3,58. O movimento ocorre em meio ao recuo do dólar ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities num dia de bom humor no exterior.

Segundo operadores, os negócios são influenciados também por interesses técnicos ligados à rolagem de contratos cambiais de fim de mês. Está no radar ainda a sinalização do presidente eleito de que o economista Paulo Guedes, que será ministro da Economia, poderá não ter a autonomia esperada para formar a sua equipe e a indicação de que o Banco Central passará a adotar meta para a taxa de câmbio, além de meta de inflação.

Nesta manhã, o deputado federal e futuro ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou em entrevista a rádios que entre quarta e quinta-feira desta semana a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro vai anunciar "alguns nomes técnicos" para o governo de transição.

O deputado disse que na semana passada conversou com o ministro Eliseu Padilha para obter as primeira informações. "Amanhã (terça) terei reunião com Bolsonaro e o economista Paulo Guedes e, na quarta-feira, com general Augusto Heleno que deve assumir o Ministério da Defesa", disse o deputado federal.

Tanto na entrevista à Rádio CBN quanto à Rádio Eldorado, Onyx disse que o governo Bolsonaro vai acabar com o "toma lá dá cá" e com o loteamento de cargos e estatais por razões políticas e de coalizão e que o governo terá maioria no Congresso.

Na semana, as atenções estarão ainda na decisão do Copom para a Selic na quarta-feira e o relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos na sexta-feira, dia de feriado de Finados no Brasil.

Às 9h42 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 1,38%, a R$ 3,6032. Na mínima, registrou R$ 3,5828 (-1,91%) e, na máxima, R$ 3,6187 (-0,93%). O dólar futuro de novembro caía 1,10%, a R$ 3,6040, após oscilar de R$ 3,5825 (-1,69%) eR$ 3,6195 (-0,67%).

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