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Dólar vai a R$3,35 à espera de julgamento de Lula no STF

Às 10:07, o dólar avançava 0,50 por cento, a 3,3548 reais na venda, depois de fechar a véspera em alta de 0,77 por cento, a 3,3381 reais

Dólar operava em alta ante o real nesta quarta-feira (Gary Cameron/Reuters)

Dólar operava em alta ante o real nesta quarta-feira (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2018 às 09h19.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 11h18.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta quarta-feira com os investidores optando pela cautela antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Contribui para o movimento a tensão entre Estados Unidos e China, depois que Pequim respondeu rapidamente aos planos norte-americanos de adotar tarifas sobre 50 bilhões dedólares em bens chineses, retaliando com uma lista de taxas similares sobre importações dos Estados Unidos.

Às 10:07, o dólar avançava 0,50 por cento, a 3,3548 reais na venda, depois de fechar a véspera em alta de 0,77 por cento, a 3,3381 reais. Na máxima, marcou 3,3691 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,45 por cento.

"Temos hoje a promessa de um dia histórico, que, como sabemos, também pode impactar as expectativas para a já nebulosa eleição presidencial", resumiu a corretora H.Commcor.

O início do julgamento no STF que pode evitar a eventual prisão do petista está marcado para as 14h.

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial de outubro, mas deve ficar impedido de entrar na corrida eleitoral por conta da Lei da Ficha Limpa.

Ainda assim, existe o temor no mercado de que influencie o processo eleitoral.

No exterior, a tensão diante da disputa comercial entre China e EUA permanece elevada e deixa os investidores relutantes em assumir posição, buscando ativos seguros.

Diante disso, o dólar cai ante a cesta de moedas. Por outro lado, sobe ante as divisas de países emergentes, consideradas de maior risco, como os pesos chileno e mexicano.

"Os emergentes seriam os grandes perdedores no caso de uma guinada mais acentuada em direção ao protecionismo, mas é pouco provável que as medidas mais recentes tenham grande impacto sobre as exportações globais dos mercados emergentes", escreveu a empresa de pesquisas macroeconômicas Capital Economics em relatório.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por ora. Em maio, vencem 2,565 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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