"Agora à tarde o mercado está um pouco mais vendedor e devolve os dólares que havia comprado no início da manhã", disse um operador de câmbio de uma corretora durante o pregão (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 17h35.
São Paulo - Mais uma vez o Banco Central (BC) contou com a ajuda externa para segurar o dólar, embora a atuação da autoridade monetária mais cedo também tenha contribuído para manter a trajetória de desvalorização da moeda norte-americana ante o real nesta sexta-feira, 02.
Dados de criação de emprego aquém do esperado nos Estados Unidos, divulgados durante a manhã, pressionaram as cotações, em um movimento observado aqui e no exterior e que teve continuidade à tarde.
O volume enfraquecido não permitiu grandes mudanças no mercado cambial na segunda parte da sessão, levando o dólar à vista no balcão a fechar a R$ 2,2790, em baixa de 1,04%, na maior queda em termos porcentuais desde 17 de julho, quando havia recuado 1,2%. Na semana, no entanto, acumula valorização de 1,06% ante o real.
"Agora à tarde o mercado está um pouco mais vendedor e devolve os dólares que havia comprado no início da manhã", disse um operador de câmbio de uma corretora durante o pregão. "O mercado acabou se estabilizando nesse nível porque lá fora o dólar caiu", completou.
Na máxima do dia, após a abertura, o dólar alcançou R$ 2,3120 (+0,39%), na mínima, bateu R$ 2,2770 (-1,13%).
Segundo o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, à tarde o volume financeiro foi muito fraco e, por isso, não houve mercado para justificar um movimento diferente do que foi visto mais cedo.
"O movimento de queda é mais atribuído ao payroll fraco. Como o mercado internacional virou (após a divulgação), com a desvalorização do dólar frente a outras moedas, isso deu espaço para o BC atuar e ajudar a derrubar a taxa", sintetizou o executivo, mencionado o leilão realizado durante a manhã pelo BC.
Perto das 17h04, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,082 bilhão. O dólar pronto na BM&F teve queda de 0,57%, a R$ 2,2855, com apenas dois negócios. No mercado futuro, o dólar para setembro era cotado a R$ 2,2995, em baixa de 0,84%.