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Dólar termina com leve baixa com cena política em foco

Muitos no mercado acreditam que Temer não vai continuar na Presidência, mas esperam que seu substituto continue com a agenda de reformas

Dólar: "O pior cenário é o presidente ficar sangrando no cargo", destacou analista (foto/Thinkstock)

Dólar: "O pior cenário é o presidente ficar sangrando no cargo", destacou analista (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2017 às 17h26.

São Paulo - O dólar encerrou a terça-feira com leve baixa ante o real, marcando o oitavo dia seguido "preso" no intervalo de 3,25 e 3,30 reais com os investidores atentos à cena política após a crise que atingiu o governo do presidente Michel Temer.

O dólar recuou 0,23 por cento, a 3,2621 reais na venda, depois de chegar a 3,2726 reais na máxima do dia e a 3,2554 reais na mínima. O dólar futuro tinha leve alta de 0,10 por cento.

"O pior cenário é o presidente ficar sangrando no cargo", destacou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.

Temer é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes, entre outros, de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F.

Muitos no mercado acreditam que ele não vai continuar na Presidência, mas acreditam ao mesmo tempo que quem o substituir vai continuar com a agenda de reformas.

Por isso, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer para as eleições de 2014, marcado para iniciar no próximo dia 6, está no centro das atenções dos investidores.

Enquanto isso, o governo se esforça para tentar dar continuidade às reformas. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Casa vai retomar em poucas semanas discussão da reforma da Previdência.

Por outro lado, a expectativa de que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado votaria o parecer da reforma trabalhista ainda nesta sessão foi frustrada. A votação deve ficar para a próxima semana.

Já a votação em plenário deve acontecer em meados de junho, informou o relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

"A votação (da reforma trabalhista) com um resultado substancial para o governo poderia melhorar o sentimento em relação à (reforma) da Previdência", avaliou um operador de uma corretora local.

O Banco Central fez nesta sessão o último leilão de swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares--, para rolar os contratos que vencem em junho. Vendeu a totalidade dos 8,7 mil contratos ofertados, somando os 4,435 bilhões do vencimento.

Em julho, vencem o equivalente a 6,939 bilhões de dólares em swap cambial tradicional. O estoque total de swaps hoje está em quase 28 bilhões de dólares.

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