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Dólar tenta se fortalecer em meio à incerteza com Fed

A moeda norte-americana encerrou a semana com queda de 1,1% frente às principais divisas


	Dólar dos EUA: os investidores agora estarão concentrados nos dados econômicos da próxima semana, que serão fundamentais para a decisão do Fed
 (Scott Eells)

Dólar dos EUA: os investidores agora estarão concentrados nos dados econômicos da próxima semana, que serão fundamentais para a decisão do Fed (Scott Eells)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 19h11.

Nova York - O dólar oscilou com movimentos limitados ante as principais moedas nesta sexta-feira, 20, fechando uma semana de perdas em meio à constante incerteza com o futuro da política monetária dos Estados Unidos. A moeda norte-americana encerrou a semana com queda de 1,1% frente às principais divisas.

Em dia de agenda vazia de indicadores, mas com diversos discursos de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), os investidores voltaram a buscar pistas sobre quando pode ocorrer a primeira redução nas compras mensais de bônus.

Bullard, que tem poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), disse mais cedo, em entrevista à TV Bloomberg, que os dirigentes chegaram muito perto da decisão de reduzir estímulos em setembro e que um corte em outubro é possível.

Mas ele ponderou que a inflação ainda está em patamar muito baixo. Em discurso feito no início da tarde, Bullard declarou que o Fed optou pela política de "esperar para ver".

A presidente do Fed de Kansas City, Esther George, que também vota no Fomc, disse que a decisão do Fed foi "decepcionante". Ela foi a única a votar favorável à redução das compras de bônus na reunião desta semana.

Os estímulos contínuos são negativos para o dólar, uma vez que as compras de bônus do banco central aumentam a quantidade de dólares no mercado e pressionam o valor da moeda. "A próxima semana será muito mista para o dólar", disse Vassili Serebriakov, estrategista cambial do BNP Paribas, em Nova York. "O dólar sofreu um contratempo e este é claramente um momento de cautela."

Os investidores agora estarão concentrados nos dados econômicos da próxima semana, que serão fundamentais para a decisão do Fed. "O Fed está claramente dependente dos dados. Se o tom dos dados econômicos melhorar, o Fed pode começar a reduzir estímulos", disse Serebriakov.

Enquanto isso, o euro ficou sob pressão, após as encomendas à indústria da Itália caírem 0,7% em julho ante junho e recuarem 2,2% em relação a julho de 2012. O foco dos próximos dias da zona do euro é a eleição na Alemanha, que ocorre no domingo, 22.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía para 99,31 ienes, de 99,47 ienes no fim da tarde da véspera. O euro recuava para US$ 1,3526, de US$ 1,3530, e tinha queda para 134,34 ienes, de 134,53 ienes na quinta-feira. A libra era cotada a US$ 1,6015, de US$ 1,6038. O índice Wall Street Journal Dollar Index, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de rivais, subia para 72,946 pontos, de 73,497 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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