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Dólar tem segunda alta seguida ante real com cautela com cena política

O dólar avançou 0,98 por cento, a 3,7671 reais na venda, depois de ter batido a máxima de 3,7724 reais

Dólar: na mínima, no começo do dia, a moeda norte-americana marcou 3,7035 reais (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: na mínima, no começo do dia, a moeda norte-americana marcou 3,7035 reais (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 17h05.

Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 17h15.

São Paulo - O dólar terminou a terça-feira em alta ante o real, pela segunda sessão consecutiva, depois que rumores cercando a cena eleitoral doméstica inverteram a trajetória da moeda norte-americana ante o real e a levaram a fechar na contramão do mercado externo.

O dólar avançou 0,98 por cento, a 3,7671 reais na venda, depois de ter batido a máxima de 3,7724 reais. Na mínima, no começo do dia, marcou 3,7035 reais. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,80 por cento.

"O mercado prefere se defender até saber qual o fundo de verdade por trás dos rumores", justificou um profissional da mesa de derivativos de um banco nacional.

Ele se referia a informações não confirmadas que circularam nas mesas durante a tarde, que inverteram a trajetória do dólar bruscamente, levando a moeda norte-americana a renovar sucessivamente as máximas, até ultrapassar 1 por cento de valorização.

Os boatos envolviam desde mau desempenho em pesquisas eleitorais até iminente eventual delação citando o nome do tucano Geraldo Alckmin, candidato preferido pelo mercado por seu perfil reformista.

O mercado melhorou nas últimas semanas com o acordo fechado por Alckmin com os partidos do blocão e após escolher a senadora Ana Amélia (PP) como sua vice, duas ações consideradas bastante positivas e que podem dar musculatura à sua candidatura.

A expectativa dos investidores é que esses eventos e o início da campanha televisiva no dia 31 de agosto, na qual ele terá o maior tempo, possam impulsionar sua campanha.

Pela manhã e até o início da tarde, o dólar cedia ante o real, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana no exterior, em dia mais tranquilo e de menor retórica na guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros.

No fechamento do mercado doméstico, o dólar seguia em baixa ante a cesta das seis principais moedas, conforme cresciam as expectativas de que a tensão comercial possa estar chegando ao fim, e também cedia ante divisas de países emergentes, como o peso chileno.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,2 bilhão de dólares do total que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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