São Paulo - O dólar era negociado com leves variações ante o real nesta quarta-feira, após a forte alta da sessão anterior que o levou de volta para o patamar acima de 2,35 reais e sob a constante atuação do Banco Central, numa sessão marcada ainda por poucas notícias.

Às 10h25, a moeda norte-americana subia 0,22 por cento, a 2,3666 reais na venda, depois de bater 2,3549 reais na mínima do dia. Investidores identificam o nível de 2,35 reais como importante piso de resistência. Na véspera, a divisa avançou 0,99 por cento.

"Ontem, o dólar deu aquele repique, o que mostra que o mercado está sensível. Hoje, está andando de lado, sem grandes notícias, em compasso de espera", resumiu o gerente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

Nesta sessão, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes a venda futura de dólares. Foram 500 contratos com vencimento em 2 de maio, depois de ficar alguns dias sem vendê-los, e 3,5 mil swaps para 1º de setembro deste ano. A operação teve volume equivalente a 198 milhões de dólares.

Além disso, fará nesta manhã a quinta etapa da rolagem dos swaps que vencem em 3 de fevereiro, ofertando entre 11h30 e 11h40 até 25 mil contratos. O resultado será conhecido a partir das 11h50.

"Não há nada de relevante hoje, é natural que a dinâmica do dólar não tenha grandes mudanças", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo dos Santos.

Investidores continuavam sob a expectativa da próxima reunião do Federal Reserve, em 28 e 29 de janeiro, quando o banco central norte-americano pode anunciar mais um corte de 10 bilhões de dólares no programa de compras mensais de títulos, hoje em 75 bilhões de dólares. A decisão reduziria ainda mais a liquidez global.