Mercados

Dólar tem leve alta ante real com mercado atento a eleições no Congresso

O Congresso elege nesta sexta-feira os presidentes da Câmara e do Senado, e as respectivas Mesas Diretoras.

Dólar: moeda abre com pouca variação (Pixabay/Reprodução)

Dólar: moeda abre com pouca variação (Pixabay/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 09h15.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 13h02.

São Paulo - O dólar tinha leve alta no pregão desta sexta-feira ante o real, com o mercado atento ao Congresso, que deve ter um dia agitado com a eleição das presidências de cada Casa, e após dados mais fortes do que o esperado sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Às 12:20, o dólar avançava 0,60 por cento, a 3,6808 reais na venda, após fechar na véspera com queda de 1,77 por cento, a 3,6588 reais.

O dólar futuro operava em alta de cerca de 0,9 por cento.

O Congresso elege nesta sexta-feira os presidentes da Câmara e do Senado, e as respectivas Mesas Diretoras.

Na Câmara, o favorito é o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que costurou uma ampla aliança de partidos para apoiá-lo. Seu principal adversário é o vice-presidente Fábio Ramalho (MDB-MG), que tenta surpreender.

No Senado, o ex-presidente da Casa Renan Calheiros (AL) foi escolhido na véspera candidato do MDB, que tem a maior bancada da Casa, derrotando Simone Tebet (MS) em votação apertada. São vários os nomes que se apresentaram como pré-candidatos, entre eles Tasso Jereissati (PSDB-CE), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Álvaro Dias (PODE-PR).

Na avaliação de participantes do mercado, o nome de Renan Calheiros para o Senado agrada o ministro da Economia, Paulo Guedes.

"É importante reforçar que Renan, embora um símbolo da chamada 'velha política', agrada ao ministro Paulo Guedes por sua maior capilaridade entre os partidos; ou seja, com maior potencial de sucesso na iminente aprovação da reforma da Previdência", afirmou a operadora H.Commcor em nota.

A definição das mesas diretoras é importante pois permitirá que o governo comece a avançar com a sua agenda econômica, inclusive a tão aguardada reforma da Previdência.

"Existe uma expectativa muito positiva com relação aos nomes que estão em pauta. Caso seja confirmada essa expectativa, a tendência é que haja uma valorização do real, diante da perspectiva de que a reforma da Previdência pode ganhar mais força", afirmou o operador de um banco nacional.

Após um pregão de bom humor com a sinalização mais moderada do Fed na véspera, o salto na criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em janeiro ajudava a sustentar o dólar ante o real.

A criação de vagas de trabalho nos EUA saltou em janeiro para o ritmo mais forte em 11 meses, indicando força na economia apesar da perspectiva sombria que deixou o Federal Reserve cauteloso sobre os novos aumentos dos juros neste ano. Entretanto, os dados de novembro e dezembro foram revisados para baixo.

O Banco Central vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 516,5 milhões de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney