Mercados

Dólar tem pequenas oscilações, de olho no exterior com EUA e China

Às 11:56, o dólar avançava 0,30 por cento, a 3,8180 reais na venda, depois de acumular nos três últimos pregões elevação de 1,79 por cento

Imagem de arquivo: Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral (Gary Cameron/Reuters)

Imagem de arquivo: Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral (Gary Cameron/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 23 de novembro de 2018 às 12h16.

São Paulo - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta sexta-feira, tentando acompanhar a trajetória externa da moeda norte-americana em meio à continuidade das preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e com a desaceleração da economia global, mas com o avanço das três últimas sessões contendo o movimento.

Às 11:56, o dólar avançava 0,30 por cento, a 3,8180 reais na venda, depois de acumular nos três últimos pregões elevação de 1,79 por cento. O dólar futuro subia 0,4 por cento.

"A moeda já está num nível compatível com o fechamento do ano. Subiu nos três últimos dias. Além disso, acho que os novos nomes da equipe econômica ajudam. Tudo ajuda a segurar um pouco o ímpeto de alta", disse um profissional da mesa de derivativos de uma corretora estrangeira. "Mas se lá fora não melhorar, pode ser que o dólar aqui também não resista."

No exterior, a moeda subia ante a cesta de moedas, com destaque para o recuo do euro em meio a temores de que o crescimento econômico possa estar desacelerando na zona do euro após dados decepcionantes do Índice de Gerentes de Compras (PMI).

O dólar também tinha alta ante as moedas emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano, com as preocupações com as tensões comerciais entre Estados Unidos e China antes da reunião entre os líderes dos dois países na próxima semana.

O tombo dos preços do petróleo pressionava um pouco o dólar, que chegou a bater a máxima de 3,8262 reais no final da manhã.

Internamente, os investidores gostaram das últimas indicações para a equipe do governo Jair Bolsonaro. Na véspera, os economistas Rubem Novaes e Pedro Guimarães foram indicados para comandar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, respectivamente, no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Bolsonaro ainda anunciou que o professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Ricardo Velez Rodriguez será o ministro da Educação em seu governo.

"O viés privatista e liberal do governo Bolsonaro é reforçado com as nomeações de Novaes para o BB e Pedro Guimarães para presidir a Caixa, enquanto a escolha de Vélez, professor de escola militar, defensor do escola sem partido e indicado pela bancada evangélica, para o ministério da Educação reitera tom ideológico conservador", apontou a corretora CM Capital Markets em comentário matinal.

Nos EUA, os mercados fecham mais cedo nesta sessão após o feriado do Dia de Ação de Graças, o que encolhe a liquidez local.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 9,52 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais de Mercados

Ibovespa amplia queda com expectativa de isenção de IR; dólar sobe a R$ 5,88

O que explica a valorização de US$ 350 bi da Tesla? 'Espíritos animais', citam analistas

No pior ano desde 2020, funcionários da Starbucks receberão apenas 60% do bônus

Pacote fiscal, formação do Governo Trump e prévia do PIB americano: os assuntos que movem o mercado